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Conta de luz da Eletropaulo para residências baixa somente 1,45%

Queda média, incluindo grandes consumidores, como indústrias e shoppings, é de 2,26%

Para agência, empresa recebeu R$ 1 bi a mais por atraso na revisão tarifária; clientes devem ser ressarcidos

DE BRASÍLIA

A tarifa de energia elétrica da AES Eletropaulo terá uma redução média de 2,26% a partir de hoje.

Ao todo, serão atingidos pela mudança pouco mais de 6 milhões de consumidores de 24 cidades paulistas, entre elas São Paulo, Santo André, Mauá e Osasco.

Para clientes de baixa tensão, ou seja, para quem faz uso da eletricidade em casa, essa queda será de 1,45%, de acordo com percentual definido ontem durante o processo de reajuste tarifário anual da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A redução média, de 2,26%, considera também consumidores de média e alta tensão, como shoppings e indústrias, que são os grandes consumidores de eletricidade. A diminuição vai ser aplicada por um ano.

Além disso, os clientes atendidos pela Eletropaulo ainda terão de ser ressarcidos pelos pagamentos que fizeram desde julho do ano passado e que não foram corrigidos por atraso na revisão tarifária -outro processo da agência que é feito para todas as distribuidoras, de quatro em quatro anos.

Essa análise leva em conta, por exemplo, o desempenho da empresa na prestação de serviços. Por isso, em geral, a revisão reduz o valor a ser cobrado dos clientes.

A revisão, no entanto, não ocorreu em 2011 porque houve uma mudança na metodologia de cálculo da Aneel. Concluída anteontem, a análise da diretoria constatou que os consumidores deveriam ter tido um abatimento de 9,33% nas faturas desde 4 de julho de 2011.

Com essa demora na avaliação da Aneel, a Eletropaulo recolheu R$ 1 bilhão a mais, que terá de ser ressarcido ao longo de 2013 e 2014.

Para o relator dos dois processos da Eletropaulo na Aneel, o diretor Julião Coelho, o futuro reembolso será combinado com os próximos reajustes anuais, amenizando possíveis aumentos e mantendo a tarifa estável.

"Isso vai manter estabilidade nos preços pelos próximos quatro anos. Tivemos uma queda neste ano. Nos próximos dois vamos abater o percentual da revisão e, em 2015, haverá outra revisão", disse Coelho.

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