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Preço do petróleo supera US$ 100 o barril

Tipo Brent estava há 3 semanas abaixo desse valor em Londres; Irã e Noruega determinam aumento da cotação

Ações da Petrobras acompanham alta e superam variação do índice da Bolsa de São Paulo

Hasan Jamali/Associated Press
Extração de petróleo em Sakhir, no Bahrein; dúvidas quanto à oferta puxam preços
Extração de petróleo em Sakhir, no Bahrein; dúvidas quanto à oferta puxam preços

DO RIO

O barril de petróleo do tipo Brent, referência cada vez mais utilizada no mercado internacional, ultrapassou a marca de US$ 100 na Bolsa de Londres, Inglaterra, depois de três semanas consecutivas abaixo dessa marca.

Segundo informações do jornal "Financial Times", o Brent fechou o pregão de ontem cotado a US$ 100,58 por barril, com avanço de US$ 3,24 no dia. Durante a tarde, na mesma Bolsa, o preço chegou a bater na máxima de US$ 101,58 por barril.

Os motivos da alta, destacados pelo "FT", foram a crescente tensão quanto ao embargos contra o Irã, importante produtor de petróleo, e a greve de trabalhadores das plataformas "offshore" da Noruega, outro grande produtor mundial.

As ações da Petrobras subiram, em parte, na esteira da alta do petróleo.

Os papéis ordinários (ON, com direito a voto) fecharam o pregão da BM&FBovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) com alta de 3,91%.

As ações preferenciais (PN, sem direito a voto), subiram 3,43%. Ambas tiveram variação superior à verificada pelo Ibovespa (o mais conhecido índice da Bolsa), que subiu 1,99%.

PRÓS E CONTRAS

Erick Scott, analista da corretora SLW, diz que, em tese, sendo a Petrobras uma empresa de petróleo, o que se espera das ações em um momento de alta do barril é que subam também, já que o principal ativo da companhia -suas reservas- fica mais valorizado.

Por outro lado, ressalva ele, a alta do barril aumenta os custos da empresa, já que a Petrobras tem importado gasolina para suprir a demanda interna.

"Existe correlação [entre o preço da ação da Petrobras e a alta do petróleo], mas não é 100%. Se a Petrobras repassasse toda a variação do Brent para os preços dos combustíveis no mercado interno, faria sentido, mas como não é o que ocorre, a alta tem efeito mais psicológico nas ações do que prático nas operações da companhia", afirma Scott.

(LUCAS VETTORAZZO)

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