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Queda nas vendas apesar de incentivos faz Volvo demitir Principal unidade da montadora, em Curitiba, dispensa 208 DE CURITIBADE CAMPINAS A principal unidade da montadora Volvo no país, localizada em Curitiba (PR), anunciou 208 dispensas, a fim de "adequar a produção e o quadro de funcionários à realidade de mercado". O número representa a saída de aproximadamente 5% no total de trabalhadores da unidade, que emprega cerca de 4.000 pessoas e fabrica caminhões e ônibus para o Brasil e a América Latina. O anúncio ocorre em meio à queda das vendas de caminhões no Brasil, que recuaram 12,5% de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período de 2011, apesar da redução de impostos. O setor de veículos é um dos principais responsáveis pela queda na produção industrial, que registrou em junho recuo de 4,3% em relação ao mesmo mês em 2011. De acordo com a Volvo, a dispensa atingiu 156 trabalhadores temporários e 52 funcionários efetivos. Foram mantidos 366 empregados temporários, para atender à "expectativa de melhora no segundo semestre", puxada sobretudo pelo anúncio do governo de que comprará mais caminhões. CRISE NO SETOR Nas últimas semanas, duas das maiores montadoras do país -General Motors e Volkswagen- abriram programas de demissão voluntária. A GM pode ainda fechar a linha de montagem de veículos de São José dos Campos e extinguir 1.500 vagas, segundo o sindicato local. A empresa diz que a produção na linha foi reduzida para um turno. A média de veículos fabricados passou de 60 para 44 por hora. Já a Volkswagen abriu um PDV na fábrica de Taubaté, mas não explicou os motivos. A Mercedes-Benz suspendeu temporariamente 1.500 trabalhadores. A Scania, por sua vez, anunciou PDV e redução de jornada. O Ministério da Fazenda, que havia cobrado das empresas que não demitissem quando concedeu incentivos, não pretende retirar os benefícios por causa das dispensas. Segundo a Folha apurou, a GM informou o ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre o programa de demissões voluntárias em São José dos Campos antes da divulgação. O argumento foi que se trata de uma realocação de vagas, com criação de postos em outras unidades da montadora. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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