Outro lado

Auditoria interna estabeleceu 'melhorias', afirma regulador

A Anatel afirmou, por meio de sua assessoria, que a auditoria interna no sistema eletrônico de sorteio de processos ocorreu a pedido do presidente da agência João Rezende "para verificar a funcionalidade do sistema".

Por e-mail, a agência disse que, "no exercício de suas funções, a CGU [Controladoria-Geral da União] solicitou diversas informações à Anatel acerca do sistema. Todas as informações foram apresentadas tempestivamente".

A agência disse não ter recebido "qualquer recomendação" da CGU em relação ao sistema e não comentou a investigação em curso após a entrega do relatório da auditoria interna pela Anatel.

Questionada sobre as irregularidades apontadas, a agência afirmou terem sido "resultado da auditoria e do grupo de trabalho" e que "foram definidas melhorias nos procedimentos" que culminaram em uma nova portaria sobre o sistema de sorteio.

De acordo com a agência, entre as melhorias, foi incluído um aviso, pelo sistema eletrônico, aos conselheiros toda vez que ocorrer alguma regra de exclusão -algo que já era previsto e que, a partir de agora, passa a ganhar ainda mais transparência.

SOROS

Sobre o suposto direcionamento do processo da empresa Sunrise, que atualmente pertence ao investidor George Soros, a Anatel afirmou que "não houve qualquer tipo de intervenção no sentido de direcionar a matéria ao conselheiro Jarbas Valente".

"O processo da Sunrise foi submetido a sorteio eletrônico e randômico, assim como todos os processos que estavam nas duas listas de sorteio realizado em 24 de maio", disse a agência.

Em relação à exclusão dos conselheiros, a agência diz ter ocorrido por inconsistências do sistema que já foram corrigidas. A CGU confirmou a investigação, mas não quis comentar. (JW)