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iPhone tentará manter a aura de seu criador

Nova versão deve ser apresentada neste ano, num momento em que o Android amplia vantagem sobre o iOS

Lançamento será o primeiro grande evento da Apple após a morte de Steve Jobs, em outubro do ano passado

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Ele mudou o cotidiano de milhões, sacudiu um mercado que não era o seu e assistiu à concorrência imitá-lo ou até superá-lo. Agora, aos cinco anos, tornou-se responsável por "sustentar" a casa que o criou e provar que as coisas podem continuar a dar certo mesmo após a morte do pai.

É essa a missão que analistas de mercado e "applemaníacos" veem para o novo iPhone, cujo lançamento é esperado para entre agosto e outubro deste ano.

"É a grande prioridade da Apple hoje", disse à Folha Jon Friedman, autor da coluna Media Web para o MarketWatch, do "Wall Street Journal". "Eles têm os computadores, o iPad, o iPod, tudo indo bem, mas é no iPhone que a Apple pôs suas fichas."

No trimestre encerrado em março, 55% da receita da empresa veio do iPhone, que vendeu 35,1 milhões de unidades -2 milhões a menos que no trimestre anterior, mas um salto de 88% no ano.

Analistas esperam uma leve desaceleração das vendas de abril a junho, cujos dados são esperados para o próximo dia 24. O principal motivo? A expectativa pelo novo modelo, o que leva parte dos usuários a adiar a compra.

O iPhone ainda liderava as vendas de smartphones nos EUA, mas o avanço do sistema Android (Google) para quase 60% do mercado, ante 29% da plataforma iOS da Apple, deixou o próximo lançamento com cara de teste.

"A Apple ainda pode [recuperar a liderança entre os sistemas], pois tem um peso de marca fantástico", diz Friedman. "E as resenhas de revistas e blogs [sobre o novo iPhone] são tremendamente positivas, dizendo que deve ser o melhor de todos."

ESPECULAÇÕES

Os rumores sobre o novo iPhone tratam principalmente do design, com a expectativa por uma tela maior, e de mais velocidade.

"Quando o iPhone 4S veio, foi no mesmo formato, com a atualização do software. Agora, deve haver uma atualização maior do hardware, a 'mãe de todos os upgrades'", disse à Bloomberg Gene Munster, analista de Apple na consultoria Pipper Jaffray.

Munster apresentou recentemente um relatório afirmando que as ações da empresa, hoje próximas a seu pico e pouco acima de US$ 600, podem chegar a US$ 1.000.

"A mãe de todas as atualizações" faz com que o novo iPhone seja visto quase como um novo produto. Portanto, esse será o primeiro grande evento da Apple após a morte de Steve Jobs, em outubro.

"[O sucessor de Jobs, Tim] Cook é ótimo, mas não é a mesma coisa", diz Friedman.

"A competição cresceu, há quem prefira o Android. Mas eu não consideraria a Apple superada", acredita, apostando na fidelização. "Quem tem um iPhone confia demais nele, virou quase uma terceira mão", compara Friedman.

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