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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Commodity tem menor participação na balança

A queda de preço da maioria das commodities neste ano deve reduzir a participação dos produtos básicos nas exportações brasileiras.

Marcado por recordes na cotação de diversas matérias-primas, o ano passado teve os produtos básicos -onde está inserida a maioria das commodities- respondendo por 47,8% das exportações.

Em 2012, essa participação deve cair para 45,6%, segundo estimativa divulgada ontem pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).

Considerando as matérias-primas classificadas em outros grupos, como o açúcar, que é um semimanufaturado, as commodities representam 70% das exportações.

Dos dez principais itens exportados pelo Brasil, nove são commodities. E a maioria tem preços menores do que há um ano. São os casos do minério de ferro, do petróleo, da carne de frango, do açúcar e do café. A soja e o farelo são exceções.

Os menores preços também vão resultar em queda de 73% no saldo comercial, de US$ 29,8 bilhões para US$ 8 bilhões, diz a AEB.

O tombo só não será maior porque o volume dos embarques ainda não foi afetado pela crise internacional. Só as cargas de açúcar caem de forma significativa em relação a 2011, mas o motivo é o atraso na colheita da cana.

"Qualquer imprevisto com a China pode mudar esse cenário completamente", diz José Augusto de Castro, presidente em exercício da AEB. No segundo semestre, diz ele, o volume exportado pode cair, mas não drasticamente.

Ele alerta que a ajuda da soja, segundo produto mais exportado pelo Brasil no primeiro semestre, será menor na segunda metade do ano, pois 78% dos embarques já foram feitos. Com alta de 35% nas exportações neste ano, a soja segurou parte do saldo.

O minério de ferro continuará liderando a pauta exportadora, mas os embarques devem cair 24%, para US$ 32 bilhões em 2012, estima a AEB.

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Ração em alta A alta nos preços dos grãos pressiona o custo da alimentação animal. O preço da ração para suínos sobe 20% neste ano, diz Ariovaldo Zani, presidente do Sindirações. Para as aves, a alta é de 15%.

Maior peso Por causa dos preços mais elevados, o milho e o farelo de soja já representam 75% do custo de produção da ração, diz Zani.

Motivo A pressão teve início no primeiro semestre, com a quebra da safra de soja na América do Sul, e agora é intensificada pela redução nas estimativas de produção dos EUA.

Impacto Os preços agrícolas foram o destaque do IGP-10 divulgado ontem pela FGV. O índice de inflação subiu 0,96% neste mês, influenciado pela variação de 1,26% nos preços no atacado.

"In natura" O maior impacto veio dos produtos agrícolas, que tiveram reajuste de 1,94%. Com os impactos do milho e da soja, entre outros, os alimentos "in natura" aumentaram 4,92% neste mês.

Passageiro Para André Braz, economista da FGV, o fator que motivou a alta dos grãos -a seca nos EUA- é pontual e não se sustentará nos próximos meses.

Preparo do solo As entregas de fertilizantes ao consumidor final caíram 4% em junho, para 2,5 milhões de toneladas, informou a Anda (associação dos produtores).

Em expansão No primeiro semestre, no entanto, as entregas subiram 6% e atingiram 11,7 milhões de toneladas. A produção nacional se manteve estável.

Boi gordo A arroba mostrou reação ontem, cotada a R$ 93 em São Paulo, com alta de 1%, segundo a Informa Economics FNP.

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SOJA
+1,54%
Ontem,no mercado interno

ZINCO
+1,51%
Ontem, em Londres

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TATIANA FREITAS (interina) colaborou THIAGO FERNANDES

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