Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Commodities

Vale bate recorde de produção de minério de ferro no 2º trimestre

Após o fraco resultado do primeiro trimestre, empresa produz mais 15% entre abril e junho

Produções de carvão, de pelotas e de rocha fosfática também cresceram, mas as de níquel e cobre caíram

DENISE LUNA
DO RIO

A Vale deixou para trás o fraco resultado do primeiro trimestre deste ano, prejudicado por fatores climáticos, e bateu recorde de produção de minério de ferro no segundo trimestre, atingindo 80,5 milhões de toneladas.

A marca representa mais 15,1% em relação ao trimestre anterior e alta de 0,4% ante igual trimestre de 2011. De acordo com a Vale, a produção de minério de ferro da mina de Carajás, no Pará, cresceu 26%, para 27,3 milhões de toneladas entre abril e junho.

No semestre, porém, a queda de produção foi de cerca de 0,8%, influenciada pelo mau desempenho do início do ano, totalizando 150,5 milhões de toneladas.

O primeiro semestre do ano foi marcado pela queda no preço do minério, que chegou a atingir média de US$ 148 por tonelada no mês de abril e fechou junho com valor médio de US$ 135 por tonelada.

O minério de ferro registrou na terça-feira seu menor valor desde novembro de 2008, cotado a US$ 129,40 por tonelada. Segundo Marco Laes, economista da LCA Consultores, a tendência é que a média fique entre US$ 130 e US$ 140 nos próximos meses.

"O que vai decidir [o preço] é a China, que representa metade da demanda mundial; o resto do mercado não terá surpresa", avalia.

NÚMEROS ESPERADOS

Os números da Vale vieram em linha com o esperado pelo mercado, que também já contava com resultados melhores para o carvão e o níquel, produtos que, com o ferro, são o foco da companhia.

"O primeiro trimestre teve muitos problemas climáticos e o volume ficou abaixo das expectativas, por isso já se esperava melhora no segundo trimestre", disse Victor Penna, do Banco do Brasil.

A produção de carvão foi de 2,5 milhões de toneladas no segundo trimestre (alta de 5% ante o trimestre anterior), mas o níquel decepcionou as projeções, ficando 3,6% abaixo do primeiro trimestre, com 61 mil toneladas. A produção de cobre caiu de 73 mil para 70 mil toneladas no período.

A empresa informou que a evolução ("ramp-up") das novas operações em Moatize, Omã e Bayóvar foi fundamental para os recordes na produção de carvão metalúrgico, pelotas e rocha fosfática.

A produção de carvão atingiu o recorde de 1,3 milhão de toneladas no segundo trimestre, com alta de 13,5% em relação ao trimestre anterior. No primeiro semestre, a produção chegou a 2,4 milhões de toneladas (mais 138,8% em relação há um ano).

A produção de pelotas, minério com maior valor agregado, subiu 12,3% de um trimestre para o outro, somando 14,3 milhões de toneladas. A produção de rocha fosfática, usada na produção de fertilizantes, cresceu para 2 milhões de toneladas no segundo trimestre -alta de 10,4% ante o primeiro trimestre.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.