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Petroleira desiste de vender ativos no pré-sal Segundo o "Financial Times", decisão da Anadarko reflete fim do entusiasmo no país DO “VALOR”A petroleira americana Anadarko arquivou seus planos de vender os ativos no Brasil, depois de não conseguir um preço aceitável, disse a empresa ao jornal britânico "Financial Times". Segundo a publicação, esse foi o sinal mais recente da perda de entusiasmo das petroleiras estrangeiras no Brasil, apenas cinco anos depois da descoberta do pré-sal. A recente revisão das metas de produção da estatal Petrobras e da OGX, empresa do bilionário Eike Batista, trouxe dúvidas sobre o verdadeiro potencial das reservas do pré-sal. Ao mesmo tempo, os processos e multas movidos contra a Chevron e a sua parceira, a Transocean, após vazamentos na costa carioca, preocuparam os investidores. As exigências e interferências do governo brasileiro também tornaram o país um destino menos atrativo, diz a reportagem publicada ontem. O governo insiste em um alto grau de conteúdo local em novas plataformas de produção, o que eleva os custos. A Exxon Mobil abandonou neste ano seu único bloco no Brasil, após perfurar três poços e nada encontrar. Outras companhias temem arriscar. Empresas como Statoil, Total e Marsk mostraram interesse nos ativos da Anadarko no pré-sal, avaliados em mais de US$ 3 bilhões, mas não fizeram oferta suficientemente alta, informou o jornal. Segundo a reportagem, os investidores que se deram bem foram aqueles que investiram no Brasil anos atrás e agora se tornaram parceiros da Petrobras na exploração do pré-sal. Mas mesmo essas empresas temem as exigências do governo para o uso de peças locais nas plataformas. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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