Mercado aberto

Indústria de Manaus diz perder US$ 16 mi por dia com operação-padrão da Receita

A operação-padrão da Receita Federal, que se estende há 35 dias, está fazendo com que a indústria eletroeletrônica da Zona Franca de Manaus deixe de ganhar cerca de US$ 16 milhões por dia, segundo estimativa do Centro da Indústria do Amazonas.

"Calculamos que seja 10% do faturamento total", diz Wilson Périco, presidente da entidade e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas.

Apesar de a operação ter sido iniciada no dia 18 de junho, as empresas passaram a fabricar menos no início deste mês, quando componentes começaram a faltar.

O setor eletroeletrônico da região soma cerca de 70 indústrias. Ao menos 25% delas estão com linhas de produção paradas, segundo Périco.

"É uma companhia em cada três ou quatro. Isso porque, uma que não pode trabalhar hoje, amanhã recebe o insumo e volta a produzir."

Quatro empresas já deram licença remunerada aos empregados porque não tinham como funcionar. Em uma delas, a folga durou quatro dias. No total, 8.000 funcionários foram mandados para casa.

O Sindifisco (sindicato dos auditores fiscais), que reivindica 30,19% de recomposição salarial para a categoria, afirma que os trâmites estão levando cinco dias. O normal são 24 horas.

O vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil, Fábio Faria, porém, afirma que há atrasos de mais de dez dias. Além das aduanas de Manaus, as de Itajaí (SC) e Santos (SP) são algumas das que mais estão causando problemas, de acordo com Faria.

Em Santos, durante três dias da semana, as cargas não são liberadas. Nos outros dois, os auditores realizam operação-padrão. Em Cumbica e nos portos-secos do Estado de São Paulo, são dois dias sem liberação, segundo a regional do Sindifisco.

Número

8.000
empregados receberam folga devido à falta de componentes

Frases

"A operação-padrão gera incerteza do fluxo regular dos componentes. As empresas estão arcando com o custo de armazenagem"

FÁBIO FARIA
vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil

"Esse movimento tem impacto muito grande na indústria de Manaus, que depende da importação de insumos"

WILSON PÉRICO
presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas

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Humor americano

O americano está um pouco mais confiante na economia do país. Indicador da GfK que mensura a expectativa do consumidor nos EUA chegou ao mais alto patamar desde março de 2011, quando a pesquisa começou a ser feita.

De agosto do ano passado para junho de 2012, o índice passou de -3,9 (em escala de -100 a 100) para 21,2.

Em relação à própria situação financeira, os americanos não estão tão animados. A expectativa de renda ficou em 14,7 em junho.

A propensão a comprar do consumidor continua baixa e atingiu -9,6 pontos.

Os americanos, no entanto, estão voltando aos velhos hábitos, segundo a GfK. Apesar de os salários não terem aumentado, a compra no crédito está em alta.

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Marcas propõem tecido feito de banana e cana-de-açúcar

O Move (Movimento pela Livre Escolha), que representa marcas como Nike, Adidas e Puma, ofereceu ao governo o desenvolvimento de um tecido feito de cana-de-açúcar ou de outro símbolo nacional, a banana, para ser usado na Copa e na Olimpíada.

O presente, pensado sob medida para agradar ao governo brasileiro, é o mais recente capítulo do lobby que as gigantes de produtos esportivos vêm fazendo em Brasília e Berna, capital da Suíça, contra barreiras comerciais a produtos da Ásia.

A entidade, criada em 2010, meses depois de a Câmara de Comércio Exterior sobretaxar em US$ 13,85 os pares de calçados vindos da China, sugere que o novo tecido seja usado nas roupas do comitê de recepção dos eventos, divulgando o Brasil e beneficiando a imagem das empresas.

Também foram sugeridos investimentos em capacitação e combate à pirataria.

"Este é um bom mote para se trabalhar com o governo", diz André Raduan, diretor-executivo do Move.

Em setembro, Raduan participará de um encontro da Federação Internacional da Indústria de Artigos Esportivos (WFSGI, na sigla em inglês).

Em 2011, a federação fez referência ao Brasil em um comunicado favorável à abertura comercial para promoção do acesso ao esporte.

"Qualquer governo seria mal aconselhado a aceitar o papel de ser sede da Olimpíada e da Copa do Mundo enquanto fecha suas fronteiras de comércio para a indústria global de artigos esportivos."

Números

R$ 5 bilhões
é o faturamento anual das marcas associadas no Brasil

9
companhias fazem parte do movimento criado em 2010

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Sem drible na sobretaxa

O Move obteve, no início deste mês, uma vitória contra a Abicalçados (associação da indústria de calçados) em uma investigação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O governo refutou hipótese de que as marcas estariam driblando a sobretaxa ao trazer calçados do Vietnã e da Indonésia, onde a produção é mais barata do que no Brasil.

"Achamos uma decisão positiva, mas não queremos ser taxados de importadores", afirmou André Raduan, diretor-executivo do Move.

A Abicalçados afirmou que vai recorrer da decisão.

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Sintomas da greve

Preocupado com o efeito da greve da Anvisa sobre o setor de remédios, Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma, associação da indústria, conversou no final da semana com a diretoria da agência.

"Falaram que a prioridade são alimentos e remédios e que qualquer caso de problema na liberação fosse enviado ao órgão", diz Britto, que mandou comunicado a associados para demandar que os prejuízos sejam levantados. Na semana passada, a Interfarma afirmou que as empresas começaram a sentir impacto com a paralisação dos servidores de portos e aeroportos.

A Anvisa informa que adota providências para liberar "produtos para saúde e itens essenciais do SUS".

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Gases... A Fatec Piracicaba está fazendo testes para produzir biogás com dejetos de boi. A partir do segundo semestre, o biogás produzido será transformado em energia e usado para abastecer fábrica de óleo vegetal da Coplacana.

...rurais A energia deverá ser suficiente para criar um terceiro turno de trabalho nessa unidade da cooperativa, o que criará empregos na cidade, de acordo com o professor responsável pelo projeto, Alexandre Mazzonetto.

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Cidades pra investir

As cidades americanas ainda são consideradas as mais interessantes pelos investidores brasileiros para compra de imóveis, segundo levantamento da Judice & Araujo feito com 3.000 pessoas. Miami ficou no topo do ranking.

Os entrevistados não precisavam apontar uma única cidade, mas, sim, todas aquelas em que têm interesse.