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Justiça reverte justa causa por vídeo pornô em igreja católica

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Vara do Trabalho de Aparecida, localizada a 180 quilômetros da capital paulista, reverteu nesta semana a demissão por justa causa de um operador de áudio que veiculou um filme pornográfico no circuito interno da Basílica de Nossa Senhora Aparecida em um dos intervalos da missa. Não cabe recurso à decisão.

O fato ocorreu em janeiro do ano passado, no intervalo das missas de domingo da basílica, um dos maiores templos católicos do mundo. A transmissão durou poucos segundos, tempo suficiente para que se observasse o menu inicial do filme e uma mensagem de alerta: "Faça sexo seguro, use camisinha".

O próprio operador de áudio, cuja intenção de divulgar o vídeo erótico não foi comprovada, foi quem retirou o DVD ao perceber o engano, voltando a transmitir as imagens internas da igreja. Mesmo assim, a demissão por justa causa foi anunciada no dia seguinte ao fato.

A igreja alegou negligência do trabalhador, por acreditar que o DVD pertencia a ele. Isso, porém, não foi comprovado no processo -nem confirmado de maneira expressa pelas duas testemunhas dos empregadores.

O operador de som demitido argumentou que o DVD erótico estava misturado a outros, sem identificação. Disse também que estava acumulando uma função para a qual não tinha sido contratado -operador de vídeo.

Para justificar a decisão, o juiz da Vara do Trabalho de Aparecida disse ser compreensível a possibilidade de um equívoco. O Tribunal Superior do Trabalho negou recurso apresentado pela igreja, que apelou tentando reformar a sentença.

A Basílica de Aparecida afirmou apenas, por meio de sua assessoria de imprensa, que a decisão da Justiça do Trabalho será acatada e que o funcionário receberá os valores aos quais tem direito.

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