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Consumo de energia na indústria cai após 2,5 anos

Volume foi 1,4% menor em junho ante o mesmo mês do ano passado

Consumo residencial teve alta de 8,1%, e o comercial, de 9,6%; no país, o aumento foi de 3,8% no período

DO RIO

O desaquecimento da produção industrial no país atingiu em junho o consumo de energia das indústrias, que caiu pela primeira vez em 30 meses e abateu, em parte, o bom desempenho das residências e do comércio.

Perto de receberem estímulo do governo para produzir -com previsão de redução da tarifa de energia em até 30%-, as indústrias consumiram no mês de junho 1,4% a menos do que no mesmo mês do ano anterior.

Por outro lado, o consumo residencial avançou 8,1%, e o comercial, 9,6%.

De maneira geral, o consumo de energia no país subiu 3,8% no mês passado, segundo dados divulgados ontem pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

REGIÕES

De acordo com a EPE, a desaceleração no consumo de energia pela indústria foi verificada em todas as regiões brasileiras.

Três delas apresentaram taxas negativas.

Na região Sudeste, o consumo caiu 2%, no Nordeste a queda foi de 5,2%, e o Norte teve variação negativa de 1,4%.

O consumo industrial da região Sudeste responde por mais da metade do total do Brasil.

Em São Paulo, a queda foi de 0,7%. A principal causa foram os recuos no consumo de energia por indústrias dos setores automotivo, químico e metalúrgico.

O Estado de Minas Gerais teve a maior contribuição para a queda, com recuo de 5,9% em relação há um ano.

A variação negativa foi verificada principalmente no setor metalúrgico.

A redução da atividade dos setores químico e metalúrgico também foi a principal causa da diminuição no consumo de energia da região Nordeste.

Já na região Norte, o vilão foi o setor de alumínio.

LANTERNINHA

Para a EPE, a maior disponibilidade de crédito e de oferta de empregos no país ajudou a impulsionar as vendas no varejo, garantindo o aumento elevado nesse segmento, que foi de 9,6%.

O setor residencial registrou a maior taxa do ano (+8,1%), a mesma de março, elevada pela maior renda dos trabalhadores, que possibilita maior aquisição de eletrodomésticos.

No acumulado do ano até junho, o consumo pelas residências registra alta de 5% e pelo comércio, de 7,4%, enquanto a indústria continua em último lugar com alta de apenas 1,4%.

No índice geral de consumo de energia medido pela EPE o Brasil acumula até junho aumento de 4,2%.

(DENISE LUNA)

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