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Montadoras argentinas preparam alta de exportação para o Brasil

Indústria está 'acendendo velas' pelo reaquecimento, diz consultor

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

As empresas Fiat e Renault anunciaram que irão voltar a aumentar a produção de carros destinados ao Brasil.

Após anunciarem suspensões nas jornadas de trabalho -a Fiat em janeiro e em fevereiro, e a Renault, em junho-, ambas vão reforçar a produção. Elas não informaram números.

O setor é o que mais vem sofrendo com as travas às importações que o governo argentino vêm fazendo desde fevereiro, para equilibrar a balança comercial e impedir a fuga de capitais.

Isso faz com que a produção seja afetada porque 60% dos carros são fabricados com peças do exterior, do Brasil principalmente. Somado à desaceleração do crescimento do Brasil, que provocou queda na demanda de carros, isso fez com que a produção caísse em 40%, em junho, segundo a associação de fabricantes. O Brasil é o destino de 52% dos carros argentinos.

O vínculo entre Brasil e Argentina no setor é forte, devido a decisões tomadas pelas empresas nos anos 1990.

Enquanto o Brasil produzia carros mais comerciais e populares, a Argentina ficou com os modelos mais sofisticados. Maximiliano Scarlan, da consultoria Abeceb, diz que a indústria argentina está "acendendo velas" pela recuperação do Brasil.

"Seria bom se essa crise fizesse com que a Argentina variasse seus clientes, mas isso parece não estar acontecendo. Que o Brasil compre mais carros é a única coisa que interessa hoje à indústria."

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