9º dígito começa sem queixas, diz Anatel

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgou ontem balanço prévio sobre a utilização do nono dígito no domingo, primeiro dia do novo sistema de numeração para a região de DDD 11.

Segundo a agência, 40% das chamadas feitas entre celulares de DDD 11 foram realizadas já com o dígito 9 à frente do número antigo.

Na telefonia fixa, esse índice foi de 4%. O dado inclui ligações feitas de qualquer DDD do país para a área metropolitana de São Paulo, que utiliza o código 11.

A expectativa da agência é que, dentro de 80 dias, 100% das chamadas sejam realizadas com os nove dígitos.

A medida atingiu 34 milhões de usuários e foi necessária para ampliar a numeração disponibilizada para novos chips na área do DDD 11.

O órgão regulador, que na sexta-feira informara que poderia haver instabilidade no primeiro dia da mudança, disse que a transição ocorreu "sem sobressaltos".

Segundo o presidente da Anatel, João Rezende, não foram registradas reclamações de usuários no serviço de atendimento da agência. "Foi uma transição bastante tranquila. A indisponibilidade do serviço foi dentro do que estava planejado."

FALHAS

Apesar de a Anatel negar problemas com o nono dígito, teste da Folha verificou problemas em ligações interurbanas feitas a partir de celulares do Rio, de Brasília e de Florianópolis para um celular com o DDD 11 ontem.

A ligação a partir de Florianópolis, com a adição do nono dígito, foi desviada para um outro telefone. Sem o dígito extra, o telefonema foi redirecionado corretamente.

A partir de Brasília, embora a ligação tenha ocorrido, não foi possível ouvir o outro lado da linha. Na segunda tentativa, a ligação funcionou corretamente. Sem a adição do 9, não houve problema.

Do Rio, ambas as ligações -com ou sem o dígito extra- foram completadas, mas, na feita com 9 à frente do número antigo, havia muito ruído.

Rezende afirmou que as ligações continuarão a ser monitoradas.