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Indústria fecha o semestre com retração acumulada de 3,8%

Matéria-prima da indústria, bens intermediários puxam queda

DO RIO

A produção na indústria brasileira parou de cair em junho, mas acumula queda de 3,8% no semestre.

O nível continua muito abaixo do patamar histórico verificado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e distante de retomar um crescimento mais robusto como em 2010.

"O resultado representa um quadro de queda na produção industrial e bem abaixo das médias históricas", disse o economista do IBGE, André Macedo.

De acordo com a pesquisa, o resultado sofreu o impacto da queda de 0,9% na produção de bens intermediários -matéria-prima para transformação e fornecimento à indústria-, que tem maior peso na pesquisa, de 55%.

A produção de bens de consumo duráveis, que tem peso de 10% no levantamento, cresceu 4,8% no mês impulsionada pelo aumento de 3% na fabricação de veículos e produtos da linha branca.

A alta de 8,6% na produção farmacêutica impulsionou os resultados de bens de consumo semi e não duráveis. Já a produção de bens de capital cresceu 1,4%, sob o impacto dos equipamentos de informática e elétrica.

A expectativa de que a produção industrial fosse maior foi gerada pelos incentivos dados a partir de junho pelo governo aos setores produtivos, como a redução na alíquota do IPI.

Porém, segundo Macedo, as medidas ainda não foram completamente absorvidas pelo mercado. Com isso, representantes da indústria correm contra o tempo para tentar convencer o governo a prorrogá-las.

A expectativa é que no mês de julho a produção de automóveis aumente, uma vez que em junho as indústrias reduziram os estoques.

(VENCESLAU BORLINA FILHO)

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