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Investimento deve ser prioridade em 2013

Governo estuda adotar essa estratégia para acelerar a economia, em lugar da desoneração da folha de pagamento

Dilma se reunirá com empresários na próxima terça para discutir ações federais em prol do crescimento

NATUZA NERY
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

Preocupado em garantir as condições para acelerar a economia em 2013, o Palácio do Planalto já fala em priorizar investimentos em vez de fazer uma desoneração geral da folha de pagamento.

Em reunião da chamada junta orçamentária na quarta-feira passada, o governo iniciou oficialmente as discussões sobre a conveniência de descontar os gastos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do cálculo do superavit primário.

O objetivo é ter mais recursos para injetar em setores estratégicos da infraestrutura, no limite de R$ 45 bilhões, conforme dados oficiais. Oficialmente, o Executivo nega qualquer disposição de reduzir a meta do superavit, de 3,1% do PIB.

Segundo a Folha apurou, a proposta do Ministério da Fazenda de usar parte do superavit primário para promover uma ampla desoneração da folha perdeu força nos últimos dias.

Isso porque, conforme relatos de interlocutores, a presidente Dilma ainda não está convencida dos ganhos em aplicar mais R$ 30 bilhões em apenas uma área. Não há, porém, decisão final a respeito.

PLANO DE AÇÕES

Na próxima terça, a presidente Dilma Rousseff reunirá os principais empresários do país para discutir um conjunto de ações federais para girar a economia.

Originalmente, o Palácio planejava anunciar medidas na ocasião, entre elas o chamado PAC das concessões em cinco áreas: energia, rodovia, ferrovia, aeroportos e portos.

Algumas dessas ações, porém, ainda não ficaram prontas, e a presidente quer ouvir empresários antes de fechar o pacote.

Segundo a Folha apurou, a equipe econômica tem encontrado dificuldades para mudar o regime de cobrança de PIS/Cofins, outra medida que é esperada para o segundo semestre.

Com isso, a minirreforma tributária de Dilma pode ter de esperar mais um pouco.

Para o setor de energia, haverá redução dos encargos federais que oneram a conta de luz para a indústria.

Não se sabe, por ora, se serão diminuídos três ou cinco encargos, com impacto médio de 20% na tarifa.

O governo pretende animar os empresários a acelerar o investimento privado.

A preocupação maior é "virar" a economia brasileira e atingir um PIB maior na segunda metade do mandato de Dilma.

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