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MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Pequenas indústrias buscam fontes alternativas de crédito

Micro e pequenas empresas buscaram fontes alternativas de financiamento no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento do Simpi-SP (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo).

Mais de 30% dos empresários recorreram a outros caminhos além das instituições bancárias para investir em seus negócios.

A maior saída foi o empréstimo pessoal, usado por 41%. Amigos e parentes (31%) e cartão de crédito (17%) foram muito procurados.

Venda de bens e desconto de duplicatas também foram citados pelos empresários.

"Isso mostra que o crédito não está chegando na ponta por diversos motivos. Se uma empresa desse porte tiver de recorrer a fontes tão caras, vai fechar", diz Joseph Couri, presidente do sindicato.

Cerca de 28% das empresas buscaram crédito bancário, sendo que 89% tiveram as solicitações aceitas.

Os pedidos negados foram por insuficiência de garantia (36%), falta de linha de crédito adequada (27%), problema com documentação ou inadimplência (18%).

Entre as empresas que obtiveram crédito bancário, os valores mais procurados foram na faixa de R$ 50 mil a R$ 100 mil (28%), de acordo com a entidade.

CARA OU COROA SUECA

Suécia e outros países da Europa, com bons números fiscais e que ficaram fora da zona do euro, ainda mereceriam um bônus pela decisão, defendia há tempos Carolina Falzoni, da Credit Suisse Hedging Griffo.

Na hora de criar um produto diferente, em 2011, a gestora de fundos exclusivos pensou na coroa sueca, que tem relativamente baixa oscilação e boa correlação com a moeda europeia.

"Além disso, a Suécia é um país pequeno, eficiente, industrial e com contas públicas organizadas."

A estrutura do fundo continha o chamado "capital protegido".

"É uma estrutura binária", diz. Se a coroa ficasse abaixo de uma certa cotação renderia um percentual acima do CDI. Se ficasse além, o investidor sairia com o que aplicou. "Se colocasse R$ 100, tiraria o mesmo valor."

A instituição suíça acaba de encerrar o fundo com o rendimento de 22,5% nos últimos 12 meses contra 10,4% do CDI no período.

O patrimônio inicial de R$ 88 milhões do fundo mostra que brasileiros descobrem investimentos mais exóticos.

"O investidor local está disposto a tomar mais risco para ter retorno atrativo", diz Falzoni.

O CSHG tem clientes a partir de R$ 3 milhões em aplicações. O valor mínimo inicial nesse fundo era de R$ 50 mil.

EUROPEUS DISTANTES

A crise internacional fez com que o resort Tivoli de Salvador perdesse 20% de seus clientes europeus.

"Estamos sofrendo há um ano e meio por causa do real forte. Mas compensamos com turistas brasileiros", afirma o CEO do grupo, Alexandre Solleiro.

Há quatro anos, metade dos hóspedes do resort eram brasileiros. Hoje o turismo nacional é responsável por 65% da ocupação.

O número de brasileiros também aumentou nas 12 unidades da rede em Portugal. Nos três hotéis de Lisboa, duplicou e corresponde a 10% das reservas.

O resort de Salvador e o hotel Tivoli de São Paulo geram 27% do faturamento global do grupo.

A empresa está reformando a unidade baiana com aporte de R$ 17,6 milhões. Desse valor, 80% será financiado pelo BNDES.

65% dos turistas do resort de Salvador são brasileiros

50% era a parcela de brasileiros antes da crise

20% foi a queda no número de clientes europeus

12 é o número de hotéis da rede em Portugal (seis em Algarve, três em Lisboa, dois em Sintra e um em Coimbra)

2 são os hotéis no Brasil (um em São Paulo e outro em Salvador)

27% do faturamento da rede origina-se no Brasil

10% dos hóspedes das unidades de Lisboa são brasileiros

Sem... A Fundação Vanzolini, criada e mantida por professores do departamento de engenharia de produção da Escola Politécnica da USP, lançará neste mês uma certificação de prevenção a fraudes em empresas e órgãos públicos.

...desvio O novo sistema levará em conta os requisitos legais e os processos internos de cada instituição para definir se há corrupção. Nos próximos 12 meses, a fundação espera que ao menos 15 companhias solicitem a certificação.

EMISSÃO NA CALCULADORA

Para assumir a meta de reduzir em 5% as emissões de CO², a indústria vai pedir garantias ao governo.

A CNI consolida, nesta semana, um posicionamento conjunto do setor, com a elaboração de um documento em que irá reivindicar contrapartidas econômicas.

O setor vai também solicitar o alinhamento da política nacional às regras estabelecidas pelos Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas, que detêm planos próprios, segundo Mônica Messenberg, diretora da entidade.

A meta está prevista para setores como alumínio, químico e outros. A CNI deseja que o percentual estabelecido considere o nível de emissões e o grau de competitividade de cada setor.

com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

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