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Samsung quer aumentar apelo emocional da marca

Em disputa com a Apple, empresa pretende ganhar clientes pela afinidade

No segundo trimestre, companhia sul-coreana respondeu por um terço dos smartphones vendidos no mundo

TATIANA RESENDE
ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

Em guerra aberta contra a Apple, sua principal concorrente em smartphones, a Samsung quer desvendar o caminho do consumidor até a decisão de compra, para tentar ganhar fatia de mercado dando à marca mais apelo emocional.

Uma das armas para isso é o patrocínio oficial aos Jogos Olímpicos, que acontecem até domingo em Londres.

A sul-coreana aproveita o evento para maximizar a exposição do Galaxy S 3, lançado em maio, e do Galaxy Note em quiosques chamados Samsung Mobile PIN.

A ofensiva de marketing coincide com o julgamento no qual a empresa é acusada pela Apple de ter copiado seus equipamentos.

Nos estandes, em que é possível testar os equipamentos, a Samsung já recebeu cerca de 400 mil pessoas. Foram montadas quatro unidades em Londres, incluindo uma dentro do Parque Olímpico. O objetivo é expandir os espaços de experimentação para vários outros países, diz Younghee Lee, vice-presidente mundial da companhia.

A lista de cidades que receberão o Samsung Mobile PIN já está definida, mas a empresa prefere não revelar locais e datas, já que o resultado na capital inglesa vai ditar a velocidade de aparição da estrutura no resto do mundo.

De olho no ritmo acelerado de crescimento das vendas, Lee ressalta que a empresa vai continuar a ter "produtos inovadores para construir uma marca aspiracional", estratégia bastante parecida com a que levou a empresa de Steve Jobs ao sucesso.

Para Lee, os consumidores do Galaxy S 3 estão "cada vez mais ligados emocionalmente ao produto". Os números da consultoria IDC comprovam essa percepção. No segundo trimestre, a Samsung liderou as vendas de smartphones, respondendo por 32,6% do mercado global, seguida pela Apple, com 16,9%.

"A Samsung tem um portfólio mais amplo do que a Apple", diz Bruno Freitas, analista da IDC, e por isso consegue atingir uma gama maior de consumidores, com aparelhos em várias faixas de preço.

Essa corrida tecnológica "é o melhor dos cenários para o usuário", já que as inovações chegam logo aos celulares mais baratos.

No terceiro trimestre, será possível entender melhor esse quadro, já que a Apple deve lançar o novo iPhone e a Samsung deve colocar no mercado a versão mais atualizada do Galaxy Note.

Respondendo por cerca de 5% do faturamento mundial, o Brasil é o quinto maior mercado consumidor da companhia, considerando todos os segmentos em que atua (veja quadro), e deve atingir a quarta posição neste ano.

A jornalista TATIANA RESENDE viajou a convite da Samsung

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