Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Safra de milho cai 102 mi de toneladas nos EUA

Uma safra que começou bem, mas que termina muito mal. O clima favorável fez os norte-americanos anteciparem o plantio de milho neste ano. O aumento de área para 39 milhões de hectares indicava uma supersafra de 376 milhões de toneladas. Vão colher apenas 274 milhões.

O clima quente que assola as áreas de produção de grãos dos Estados Unidos vai forçar os norte-americanos a abandonar 900 mil hectares de área plantada.

Não compensa entrar com as máquinas no campo para efetivar a colheita em 600 mil hectares de milho e em 300 mil de soja.

Essa quebra tão acentuada na produção de milho traz um dilema para os norte-americanos: vão ter de optar entre produzir combustível ou carne. O milho não será suficiente para as duas atividades, segundo Fernando Muraro, da AgRural.

Na safra 2011/12, os Estados Unidos consumiram 127 milhões de toneladas de milho para produzir etanol. Nesta safra, vão pisar no freio e consumir 114 milhões.

O setor de ração também terá dificuldade para obter milho.

Além de pagar mais, deverá utilizar apenas 104 milhões de toneladas, 10% menos do que no ano passado.

A produção de soja também está sendo afetada pela seca e deverá ficar em apenas 73,3 milhões de toneladas, volume bem inferior aos 87,2 milhões previstos inicialmente.

A queda de produção nos Estados Unidos abre caminho para as exportações brasileiras, uma vez que os norte-americanos estão entre os líderes na venda externa de grãos.

Os novos dados divulgados ontem pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam safra mundial de 849 milhões de toneladas, abaixo da estimativa de julho, quando a previsão era de 905 milhões.

Já a safra mundial de soja cai para 261 milhões de toneladas, abaixo dos 267 milhões previstos no mês passado.

A queda de safra dos Estados Unidos traz séria preocupação para o país: os estoques disponíveis no final de safra serão suficientes para apenas 21 dias de consumo.

Efeito safra O aumento de ritmo na colheita de cana-de-açúcar no centro-sul elevou a oferta de etanol e derrubou os preços do produto, segundo acompanhamento semanal do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Recuo O litro do álcool hidratado foi negociado a R$ 1,0332 na porta das usinas nesta semana, valor 1,8% inferior ao da anterior. No mesmo período, o anidro caiu para R$ 1,2439, com recuo de 1,41%.

Estáveis O preço do etanol parou de cair e ficou estável para os consumidores nesta semana nos postos de abastecimento da cidade de São Paulo. Nos últimos 30 dias, no entanto, houve queda de 2,24%.

Reação O mercado já havia absorvido a quebra de safra de milho anunciada pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os preços recuaram 2,23% ontem em Chicago. A cotação da soja subiu 0,89%.

Frango atinge preço recorde em São Paulo

O frango atingiu preços nominais históricos ontem no mercado paulista. O quilo da ave viva foi negociado a R$ 2,30 nas granjas do interior.

A alta é uma resposta à menor oferta de aves e à recuperação de demanda neste início de mês.

Ao ser negociado nesse patamar, o quilo da ave supera em 10% os valores de há um ano.

A arroba de carne suína também está em alta nos frigoríficos do Estado, atingindo R$ 63,20, em média. Esse preço representa aumento de 36% em um mês.

NÍQUEL

-1,46%

Ontem, em Londres

ZINCO

-1,19%

Ontem, em Londres

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.