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20 toneladas de peixes apodrecem ao dia no AM

Disputa jurídica impede uso de terminal pesqueiro; sem frigorífico, pescado vira lixo

KÁTIA BRASIL
DE MANAUS

Resultado de safra recorde registrada neste ano, toneladas de peixes estão sendo descartadas diariamente em Manaus por força de uma disputa jurídica que impede o uso de um terminal pesqueiro às margens do rio Negro.

Praticamente concluída, a obra do terminal e de um armazém no porto pesqueiro da Panair, no centro de Manaus, já consumiu R$ 16 milhões em recursos federais e municipais. O embargo ocorre porque União e pessoas físicas disputam na Justiça a posse do terreno.

O resultado é o descarte diário, por falta de estrutura de armazenagem, de 15 a 20 toneladas de peixes como sardinhas, jaraquis e pacus, pescados nos rios Purus e Juruá.

Hoje os barcos que chegam ao local atracam em um porto flutuante mantido pela Federação dos Pescadores do Amazonas, que cobra até R$ 60 por dia dos pescadores.

Como não há armazém com frigorífico para guardar os peixes, o pescado acaba apodrecendo nos barcos, sendo jogado no próprio rio Negro ou recolhido a lixões.

Quem anda pelas balsas onde o pescado é vendido no porto da Panair pisa em peixes podres o tempo todo.

Município e União atribuem o impasse na conclusão do terminal pesqueiro à disputa pela posse da área.

A prefeitura diz que a parte da obra sob sua responsabilidade foi concluída no final de 2010 e que cabe ao Ministério da Pesca equipar o terminal na parte em terra.

O secretário de Infraestrutura e Fomento do Ministério da Pesca, Eloy Araújo, disse que o órgão tem interesse em equipar a obra, considerada um dos 20 terminais estratégicos do país. "Mas só posso equipar a obra quando a União tiver a posse."

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