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MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Setor de eletrônicos mantém desempenho fraco em julho

Os negócios permaneceram fracos para o setor de eletroeletrônicos no país em julho, segundo a Abinee, associação do setor, que mensurou o desempenho equivalente ao mês anterior.

Apenas 31% das empresas registraram alta das vendas e encomendas em julho. No mês anterior, 34% haviam percebido resultado positivo.

Quase 70% dos empresários informaram que seus negócios ficaram abaixo das expectativas. Os mais preocupados com a falta de novas encomendas para alavancar o segundo semestre são os fabricantes de bens de automação industrial, equipamentos industriais, de geração e de distribuição de energia.

As contratações no primeiro semestre foram de 1.770 trabalhadores, 63% abaixo de igual período de 2011.

"O resultado de julho não foi bom. Mas a expectativa a partir de agosto melhora pois deve considerar a redução de inadimplência, os efeitos de ações do governo, o Natal e o Dia da Criança", diz Humberto Barbato, da Abinee.

Se o atual cenário persistir, porém, a previsão de crescimento do setor para 2012, de 11%, deverá ser revisada para aproximadamente 8%.

CONTROLE REMOTO

Os resultados foram fracos para os exportadores do setor de eletroeletrônicos, segundo a Abinee.

Apenas 24% das empresas indicaram expansão das vendas externas no mês de julho.

Para a Argentina, houve queda das exportações (27%).

No acumulado de janeiro a junho de 2012, o deficit da balança do setor atingiu US$ 16,16 bilhões, 3% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

Na análise por região, o maior deficit ocorreu com países da Ásia (US$ 12,5 bilhões). Com a China, o deficit foi de US$ 7 bilhões, segundo a entidade.

PERFURAÇÃO DE RECEITA

A construtora Azevedo & Travassos, que já atuava na perfuração de poços, investiu na aquisição de equipamentos para perfuração direcional, mecanismo usado para instalar tubulação subterrânea para passagem de gás, gasolina, petróleo e outros produtos.

A empresa pretende também retomar seu portfólio de obras públicas de infraestrutura, setor em que já havia atuado, mas abandonou na década de 1990.

A meta da companhia, que já chegou a faturar R$ 450 milhões em 2009, é sair dos R$ 203 registrados no ano passado para fechar 2012 com R$ 250 milhões.

"Nosso objetivo é retomar, mas também dependemos do faturamento da Petrobras, nosso cliente de maior peso. A ideia agora é complementar o faturamento com contratos públicos menores, com prefeituras, por exemplo", diz Renato de Almeida Pimentel Mendes, diretor-presidente da construtora.

R$ 250 milhões é a estimativa de faturamento da empresa para este ano

R$ 203 milhões foi o faturamento registrado no ano passado

R$ 450 milhões foi o volume de 2009

ALTA FREQUÊNCIA

A Rohde & Schwarz, empresa alemã de comunicação sem fio, investirá mais de R$ 40 milhões em uma fábrica em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, a primeira na América Latina. A partir de dezembro, produzirá para canais de televisão equipamentos que levam as imagens dos estúdios de gravação às TVs.

Em 2011, a empresa faturou € 1,8 bilhão no mundo, mas só R$ 20 milhões no país com produtos importados. "O Brasil é importante. Por isso, estamos fazendo uma fábrica aqui, para ficarmos mais próximos dos clientes", disse Heitor Vita, diretor-presidente da Rohde & Schwarz do Brasil.

São Paulo foi escolhida por já ter instalado desde 2004 um centro de pesquisa e desenvolvimento voltado à área militar. A Rohde não produzia no país por não haver demanda, mas agora aposta em equipamentos para a TV Digital brasileira e segurança pública.

Sem vaga... A CCP (Cyrela Commercial Properties), que aluga, vende e investe em empreendimentos, afirma ter obtido taxa de vacância zero na carteira de edifícios comerciais e de centros de logística.

...com vaga No segmento de shopping centers, a taxa foi de 3,1%. Dois dos empreendimentos da companhia, em Belém e em Belo Horizonte, lançados entre abril e maio, ainda estão "em período de estabilização", segundo a empresa.

Seguro de saúde para PME cresce acima da média das seguradoras

Os seguros de saúde para pequenas e médias empresas (de quatro até 99 funcionários) cresceram cerca de 30% no primeiro semestre de 2012.

A alta foi acima da média do total dos seguros de saúde, segundo dados da Bradesco Saúde e da SulAmérica.

A carteira deste tipo de empresa na Bradesco Saúde mais do que dobrou nos últimos três anos (cresceu 103%)e tem hoje um total de 520 mil segurados.

O crescimento total da empresa foi de 16%, bem abaixo dos 35% da modalidade na seguradora.

Na SulAmérica, o segmento corporativo teve 70 mil novos segurados neste segundo trimestre.

As pequenas e médias empresas hoje representam 17,9% dos prêmios e no último trimestre teve um aumento de segurados de 23,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A seguradora justificou o crescimento do setor não apenas pelo maior número de clientes, mas também pelos reajustes que foram aplicados às apólices.

com JOANA CUNHA, HELTON SIMÕES GOMES e LARA STAHLBERG

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