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Histórico impede ousadia na Previdência, diz ministro

DE BRASÍLIA

Favorável à reforma da previdência, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, afirma que, além das aposentadorias por invalidez, outros ralos drenam recursos públicos em sua pasta.

Ele cita as pensões por morte -para as quais o governo vem afirmando que pretende criar regras mais duras- e a previdência do setor rural -deficitária, mas considerada um gasto "justificável" pelo ministro.

Garibaldi defende a fixação de uma idade mínima às pessoas que vierem a entrar no mercado de trabalho, mas ressalva que o governo não tem posição fechada sobre o assunto.

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Folha - Há um ambiente mais favorável a uma reforma da previdência?

Garibaldi Alves - Desde que eu estou no Congresso há uma reforma da previdência em andamento. Começou com Fernando Henrique, depois com Lula. Somente agora é que nós aprovamos a reforma da previdência do servidor público, o Funpresp [fundo para complementar aposentadoria dos servidores].

Não é fácil falar que, da noite para o dia, vamos ter uma reforma. Há todo um histórico que não nos permite ser tão ousados. Eu prego a necessidade de uma reforma.

E há necessidade de uma idade mínima?

Sim, há necessidade de ter essa regra [da idade mínima] no Brasil. Olha o que está acontecendo no mundo inteiro, em especial alguns países da Europa.

E o governo apoia?

Há necessidade, mas não posso assegurar que vai ter isso. O ambiente se tornou muito favorável durante a aprovação da reforma da previdência do servidor público, mas não há posição fechada.

O que está no Congresso é viável [fim do fator previdenciário]?

Inviável. Isso [fim do fator] quebra a Previdência. Se for ter, é preciso ter uma proposta do governo. Na Câmara, há uma disposição mesmo de votar, de haver uma discussão sobre o assunto.

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