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Análise

Ainda é cedo para saber que carne vai caber no bolso

MAURO ZAFALON
COLUNISTA DA FOLHA

O preço das carnes vai depender do andamento da economia neste segundo semestre. Os custos do setor estão dados e não há sinais de alívio nos próximos meses.

A quebra de safra de grãos foi grande nos Estados Unidos, e o milho brasileiro, componente importante na ração, atrai a atenção de importadores externos.

Ainda é cedo para dizer a que tipo de carne os consumidores vão se ajustar. A produção vai seguir a demanda, principalmente a de frango e a de suíno, ambos com ciclos curtos e compossibilidade de ajuste nos próximos meses. O setor bovino já não tem tanta flexibilidade, a menos que adie abates.

Se não houver perda de renda dos consumidores, a demanda deverá continuar equilibrada entre as três. O frango subiu, mas ainda é o mais acessível ao bolso do consumidor. Já o preço da carne suína pode se ajustar à demanda dos próximos meses, que diminuiu devido ao período mais quente.

O boi, cujos preços estão estáveis, deverá sofrer os tradicionais aumentos a partir de outubro. Entre as três carnes, a bovina é a única que ainda está com valores inferiores ao de igual período do ano passado -menos 6%.

Além disso, se as carnes de frango e de suínos mantiverem preços aquecidos, devido ao custo, o pecuarista também vai ajustar seu preço.

Mesmo que frango e suínos não subam mais, o boi terá outro patamar de preços a partir de outubro, quando tradicionalmente tem caminhado para valores próximos de R$ 100 por arroba. Hoje está em R$ 91 em São Paulo.

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