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Crise e gargalos freiam comércio virtual

Expansão nas vendas pela internet fica abaixo do esperado no 1º semestre, e setor revisa previsão para o ano

Freada na economia, prazo menor de pagamento e aumento no tempo de entrega explicam desaceleração

MARCELO ALMEIDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O comércio eletrônico faturou R$ 10,2 bilhões no primeiro semestre, 21% mais que no mesmo período de 2011 (sem descontar a inflação).

A alta, no entanto, foi menor que os 31% do primeiro semestre de 2011 e que os 25% esperados para agora, o que levou a uma revisão da previsão de crescimento no ano.

Os dados são do relatório Webshoppers, de referência no setor e feito pela e-bit e pela Câmara E-net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico).

Com a desaceleração na economia e problemas de logística no setor, a expectativa de receita é de R$ 22,5 bilhões em 2012 -alta de 20%.

Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, aponta a diminuição do prazo de pagamento sem juros, a menor oferta de frete grátis pelas lojas virtuais e o aumento do prazo de entrega como fatores que contribuíram para revisão para baixo.

Leonardo Paralhes, vice-presidente de estratégia da Câmara E-net, diz que a disputa no setor criou uma expectativa muito grande nos consumidores, que agora exigem a entrega no dia seguinte e com frete grátis.

"Os gringos perguntam como a gente consegue. É algo que até pode ocorrer por um tempo, mas é insustentável a longo prazo em um país com dimensões continentais."

Para evitar mais reclamações por não cumprir prazos, o setor decidiu alongá-los, o que também colaborou para a queda nas vendas.

ANATOMIA DO SETOR

No primeiro semestre, 5,6 milhões de pessoas fizeram a primeira compra on-line, totalizando 37,6 milhões de consumidores virtuais. O valor médio das 29,6 milhões de encomendas foi de R$ 346.

Os segmentos de eletrodomésticos e o de produtos de saúde, beleza e medicamento foram os mais significativos, com 13% de participação nas vendas cada um.

A categoria moda e acessórios foi destaque, passando da quinta colocação, no estudo anterior, para o terceiro lugar, com 11% das vendas.

Livros, revistas e assinaturas de jornais, com 10%.

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