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Vaivém das Commodites

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Empresa agrícola ganha espaço na exportação, mas a de mineração perde

A forte elevação dos preços das commodities agrícolas no mercado externo fez com que as empresas desse setor elevassem sua participação na balança comercial.

Já as empresas de mineração e de petróleo perderam espaço.

A principal empresa exportadora brasileira, a Vale, obteve receitas de US$ 14,3 bilhões de janeiro a julho, 22% menos do que em igual período do ano passado.

A Bunge, a líder no setor de exportações agrícolas e a terceira no ranking das 40 maiores exportadoras, elevou suas receitas para US$ 4,1 bilhões. Esse valor fez com que a empresa elevasse a participação para 3% nas vendas totais do país.

Na lista das dez principais empresas exportadoras brasileiras, cinco são do setor de agronegócio. Dessas, quatro são do setor de grãos e uma do de carne.

Volume maior e preço melhor permitiram que algumas empresas, como a Louis Dreyfus, elevassem em 66% as receitas obtidas neste ano em relação a igual período de 2011. As exportações da empresa atingiram US$ 2,1 bilhões.

No setor de carnes, os destaques ficam para Sadia e BR Foods. Juntas, atingiram US$ 2,85 bilhões. O JBS veio a seguir, com US$ 1,5 bilhão.

No setor de mineração, a perda foi geral. Além da Vale, a segunda maior do setor, a Samarco Mineração, somou receitas de US$ 1,9 bilhão neste ano, com recuo de 19% ante 2011.

As informações são da Secretaria de Comércio Exterior, órgão do Ministério do Desenvolvimento.

Aos poucos O preço do etanol hidratado mantém o caminho de ligeira recuperação. As negociações de ontem ocorreram a R$ 1,08 por litro no mercado futuro da BM&FBovespa, com valorização de 0,42% nesta semana.

Caminhos... Todos os principais grãos negociados na Bolsa de Chicago estão com preços superiores aos de há um ano. Soja e farelo, com aumentos de 48% e de 27%, lideram essas altas.

...opostos Já em Nova York, ocorre o contrário. Há uma tendência generalizada de baixas nas commodities negociadas na Bolsa nova-iorquina. Café e açúcar, com recuos de 40% e de 35%, lideram as quedas.

Avanço rápido As empresas focadas nas exportações de grãos ganham espaço na balança comercial. A Noble e a Nidera dobraram a participação nas receitas de exportações totais do país de 2009 para cá. Dados da Secex apontam para participações de 0,66% e de 0,62% até julho.

Clima desfavorável eleva o preço do suco de laranja

O suco de laranja já subiu 26% nos últimos 30 dias na Bolsa de Nova York.

Essa alta se deve, em parte, a eventuais problemas que a produção da Flórida poderá ter com tempestades previstas para a região.

Esse movimento de alta ocorre todos os anos no segundo semestre, de acordo com Maurício Mendes, presidente da Informa Economics FNP e membro do Grupo de Consultores em Citrus. "É um problema pontual e não há informações de mercado suficientes para gerar uma recuperação dos preços."

A oferta é grande, os estoques estão elevados nas indústrias e a demanda não mostra reação, diz ele.

O primeiro contrato do suco de laranja foi negociado a US$ 1,39 por libra-peso ontem em Nova York, 6,6% mais do que na terça-feira.

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