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Facebook mergulha no mundo móvel para fugir da crise

Rede reordena empresa de forma a descobrir como lucrar com anúncios em smartphones e satisfazer investidor

BRIAN X. CHEN
DO "NEW YORK TIMES", EM MENLO PARK, CALIFÓRNIA

Na sede do Facebook, há aparelhos móveis por toda parte. Os visitantes são registrados em iPads na recepção. Os funcionários do café da empresa usam iPads como caixas registradoras.

Em lugar de enviar e-mails, os funcionários do Facebook preferem o sistema de mensagens da companhia, que envia textos tanto a seus aparelhos móveis quanto a seus computadores.

O Facebook claramente tem os aparelhos móveis em mente, ainda mais agora que as pessoas dedicam mais tempo ao site em seus apps do que nos computadores.

E, em Wall Street, os investidores pressionam a rede social de Mark Zuckerberg para que ganhe domínio do mundo móvel, acelerando seu crescimento e permitindo a recuperação das ações, que acumulam queda de 50%.

Mas o desafio do Facebook é descobrir a melhor maneira de distribuir anúncios lucrativos aos usuários de aparelhos móveis sem ocupar demais as pequenas telas desses dispositivos e causar frustração que resulte em perda de assinantes.

Executivos do Facebok dizem que a companhia está mergulhando no mundo móvel, começando por novas versões de seu app para o iPhone, lançadas anteontem.

Os usuários se queixavam da lentidão dos aplicativos, e mais de metade dos que classificaram o app do Facebook para o iPhone na Apple App Store lhe deram uma estrela, de cinco possíveis.

Os novos aplicativos são mais rápidos porque foram reescritos na linguagem de programação específica dos aparelhos da Apple.

Os apps são parte do que os executivos do Facebook definem como transformação da empresa em organização que prioriza os aparelhos móveis. Desenvolver produtos móveis se tornou prioridade.

"Nós reordenamos a empresa e adotamos o setor móvel como foco, basicamente", disse Mike Schroepfer, vice-presidente de engenharia do Facebook.

Como parte da reforma, as equipes de produto foram arranjadas para que possam produzir versões móveis dos novos recursos ao mesmo tempo em que estas são desenvolvidas para o site.

INVERSÃO

Antes, a companhia introduzia as novidades em seu site e depois uma equipe de conversão traduzia os recursos rapidamente para os aparelhos móveis.

O Facebook também tenta espalhar o conhecimento sobre o segmento móvel pela companhia.

Os principais engenheiros do grupo conduzem sessões semanais de treinamento para 20 funcionários, que aprendem como programar para aparelhos Apple e Android. Cerca de cem engenheiros trabalham em versões móveis dos produtos do Facebook.

Quando a rede apresentou a documentação para sua oferta inicial de ações, no começo do ano, mencionou a ascensão dos aparelhos móveis como potencial risco, pois ainda não havia desenvolvido uma estratégia clara para ganhar dinheiro com celulares e tablets. Nas últimas semanas, a empresa vem testando diversas abordagens.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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