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Para governo, Petrobras falhou ao priorizar diesel em novas refinarias

Petroleira "estica" refino para reduzir importação de gasolina

DENISE LUNA
PEDRO SOARES
DO RIO

A Petrobras está aumentando ao máximo sua capacidade de refino para reduzir o impacto negativo que as importações de diesel e gasolina têm no balanço da empresa, informou o diretor de abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza.

A capacidade de refino da companhia, no entanto, está no limite. Depois de chegar a 2,1 milhões de barris de petróleo por dia em junho, só poderá aumentar mais entre 5% e 10%, disse o executivo.

Com o consumo crescente de gasolina, a estimativa é que o país gaste US$ 58 bilhões com a importação do combustível de 2015 a 2020, de acordo com Marco Antonio Martins, secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia. A previsão é que o consumo aumente 4,5% ao ano até 2020.

"Achávamos que sempre teríamos superavit na gasolina, mas cresceu muito o consumo das classes mais baixas, que compraram carro."

Segundo Martins, a Petrobras não considerava tal mudança no padrão de consumo e a companhia planejou suas quatro novas refinarias (PE, RJ, MA e CE) prioritariamente para a produção de diesel, e não de gasolina.

Na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, do processamento de 230 mil barris diários de petróleo, 70% será diesel, enquanto no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), o diesel representará 43% da produção total de 165 mil barris diários.

As refinarias previstas para o Maranhão (Premium I) e Ceará (Premium II) só devem entrar em operação a partir de 2018 e nenhuma delas produzirá gasolina.

Para este ano, a expectativa do executivo é que as importações de diesel girem em torno dos 150 mil barris diários, enquanto as de gasolina fiquem entre 70 mil e 80 mil barris por dia.

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