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MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Benefício para a compra de remédio deve crescer no país

Ao abrir consulta pública sobre a proposta para que operadoras de saúde cubram medicamentos de pacientes crônicos que não estejam internados em hospitais, a ANS está a caminho de normatizar uma tendência que já existe no país mas ainda é pequena, segundo a PBMA, associação de empresas que atuam no setor.

Cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil têm acesso a programas de benefícios de medicamentos, em que empresas oferecem créditos a seus funcionários para o pagamento de remédios com posterior desconto em folha ou com subsídio, segundo dados da entidade.

A PBMA reúne companhias gestoras de negócios terceirizados que, por meio de um sistema informatizado, organizam e aliam dados de redes de farmácias, usuários e pagadores (operadoras de saúde ou empregadores) para efetivar o benefício.

O conceito, comum nos Estados Unidos e na Europa, é uma tendência no Brasil, onde, em cinco anos, deve alcançar quase 20 milhões de funcionários, segundo previsão da entidade.

"Percebemos a entrada por setores. Começaram a entrar empresas de químico e petrolífero. Depois vieram siderúrgicas e farmacêuticas", afirma Luiz Monteiro, presidente da PBMA.

A elevação do custo inerente ao processo será absorvida como ocorreu nas assistências médica e odontológica, segundo Monteiro.

"Por outro lado, as empresas podem se beneficiar da queda na sinistralidade. Se vier a se concretizar, haverá, provavelmente, algum estímulo ou renúncia fiscal", diz.

2 MILHÕES é a quantidade brasileiros atendidos hoje por programas de benefícios de medicamentos

20 MILHÕES é o número de beneficiários que a entidade espera atingir no Brasil nos próximos 5 anos

Farmacêuticas investem em inovação no Brasil

Cresce a participação de moléculas biológicas nas pesquisas farmacêuticas realizadas no Brasil, segundo empresas do setor.

São estudos de medicações profiláticas e para o tratamento de distúrbios do sono, de doenças crônicas e de diversos tipos de câncer.

"Estamos realizando pesquisas também nas áreas de esclerose múltipla e hemofilia", diz Theo van der Loo, presidente da Bayer.

A Pfizer, por exemplo, trabalha hoje com 87 novas substâncias, das quais 26 são biológicas. Do total, 36 estão em estudo no país.

O número é semelhante ao verificado na Bristol-Myers Squibb, na qual um terço das novas moléculas são de matriz biológica.

As empresas têm investido bilhões de dólares anualmente, mas não sem riscos, segundo José Almeida Bastos, presidente da MSD no Brasil.

"Para cada molécula que chega às prateleiras, até 10 mil já foram descartadas. São necessários 15 anos de pesquisa e investimentos de aproximadamente US$ 1,5 bilhão", afirma Bastos.

Nenhuma das empresas consultadas especificou quais etapas do desenvolvimento são realizadas atualmente no Brasil.

DISTRIBUIÇÃO À LA CARTE

O Rio Quente Resorts, em Goiás, vai construir um centro de produção e distribuição de alimentos para abastecer seus oito hotéis e dois parques.

"Geralmente, em complexos de lazer, os resorts mantêm cozinhas separadas. É um tipo de projeto que precisa ter escala para ser realizado", afirma Francisco Costa Neto, diretor-executivo da empresa.

O modelo é semelhante ao aplicado em cruzeiros marítimos e nos parques da Disney, de acordo com o executivo.

"Estamos com 1,2 milhão de clientes ao ano entre os parques e a hotelaria. O investimento é basicamente em equipamentos que possibilitam a produção de um jantar para 2.000 pessoas ao mesmo tempo, por exemplo", afirma.

A previsão é que o espaço, que receberá R$ 15 milhões em recursos, seja inaugurado em junho do próximo ano.

1,2 MILHÃO é o número de clientes que a empresa recebe por ano em seus parques e hotéis

R$ 15 MILHÕES é o valor dos investimentos no centro de produção e distribuição de alimentos que será aberto em 2013

QUEDA-LIVRE

O Facebook protagonizou uma das estreias mais aguardadas do setor de tecnologia na Bolsa e abriu a venda de ações a US$ 38. Entretanto, de lá para cá, o valor dos papéis já caiu 52,5%.

Na sexta, os papéis mantiveram o desempenho fraco, e, com recuo de 5,4%, foram negociados a US$ 19,05.

A empresa havia levantado US$ 16 bilhões quando realizou sua oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês), na bolsa eletrônica Nasdaq, em maio deste ano.

com JOANA CUNHA, LUCIANA DYNIEWICZ, HELTON SIMÕES GOMES e LARA STAHLBERG

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