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Ouro em Cannes faz a máquina de dinheiro girar, diz publicitário

Executivo global da Ogilvy, Tham Kai Meng ajudou escritório brasileiro a se destacar na rede

Agência derrubou paredes para que departamento de criatividade afetasse os outros setores

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

A Ogilvy Brasil foi a agência mais premiada da rede global Ogilvy & Mather, em um ranking interno que considera os troféus em cinco prêmios internacionais do setor, como Cannes.

Há quatro anos, o Brasil nem aparecia entre as 45 agências mais premiadas da rede, que conta com mais de 450 escritórios pelo mundo.

A premiação da unidade foi fundamental para o grupo vencer o prêmio de Rede de Agências do ano do Festival de Cannes neste ano.

Tantos leões e troféus não vieram por acaso. Prêmios são uma das grandes obsessões do vice-presidente de criação global da Ogilvy, Tham Khai Meng. "[Leões de] ouro vira ouro", diz ele.

"Não é vaidade, é uma questão comercial. Um ouro em Cannes faz a maquininha de dinheiro girar."

Original de Cingapura e ex-líder da Ogilvy na Ásia, Tham diz que traçou um plano ao assumir o cargo, em 2009.

Seu objetivo era "acordar o gigante" Ogilvy. Uma das primeiras medidas foi fazer com que a criatividade deixasse de ser um departamento separado. "Derrubamos as paredes e permitimos que a criatividade fluísse."

Tham também incrementou os rankings internos para premiar os melhores. Antes, apenas as dez maiores eram premiadas. Hoje há três rankings, com os 15 melhores, os 15 a 30 melhores e os 30 a 45.

Outra medida que ele considera uma grande fonte de motivação foi permitir que as pessoas realizassem suas ideias. "As pessoas querem fazer grandes coisas. Se você permite, elas dizem 'uau', e sonham mais alto."

Tham diz que traçou esse plano com o escritório de São Paulo, que não estava nem na liga C quando ele assumiu. "Eles deixaram a criatividade se espalhar e o resultado está aí."

Umas das máximas de David Ogilvy, fundador do grupo, era de que, para ter uma grande agência, era preciso contratar pessoas com grandes cérebros. "Nós já tínhamos um grande time, não foi preciso trocar ninguém. O que faltava era acreditar que era possível fazer."

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