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Plataformas móveis fazem os jornais baterem recorde global

Em todo o mundo, mais de 2,5 bilhões de pessoas leem jornais

DE SÃO PAULO

Nunca as pessoas leram tanto jornal no mundo. Impulsionada pela leitura em novas plataformas digitais, como tablets e smartphones, a circulação global dos jornais aumentou 1,1% em 2011.

As empresas jornalísticas, porém, continuam pesquisando a melhor forma de rentabilizar a leitura na internet.

A falta de intensidade do leitor nessas plataformas é um dos principais problemas.

De acordo com o relatório anual Tendências da Imprensa Global, publicado pela associação mundial de jornais (Wan-Ifra, na sigla em inglês), mais de 2,5 bilhões de pessoas leem jornais impressos pelo menos uma vez por semana.

Na internet, a audiência dos jornais é de 600 milhões. E, dentre os que leem jornal na internet, 500 milhões também leem a versão impressa. O restante lê só na web.

O número de leitores de jornal é superior ao número global de usuários de internet. Considerando a audiência global da internet, 40% leem notícias de jornal on-line. Em 2010, essa fatia era de 34%. "Não temos um problema de audiência", disse o vice-presidente da Wan-Ifra, Larry Kilman.

"Audiência nós temos. O desafio é de negócios, de encontrar um modelo bem-sucedido para a era digital."

De acordo com Kilman, os sites dos jornais precisam aumentar a frequência e a intensidade das visitas.

Nos EUA, por exemplo, enquanto 7 em cada 10 usuários de internet visitam sites de notícias, apenas 17% o fazem diariamente.

"Essa falta de intensidade na leitura de noticias na internet contribui negativamente para a receita com publicidade e também para o interesse do consumidor em pagar por conteúdo na web", disse Kilman.

O setor de jornais movimentou US$ 200 bilhões no ano passado. Praticamente metade das receitas vem de circulação. Apenas 2,2% das receitas totais com publicidade vieram dos meios digitais.

Nos impressos, a publicidade somou US$ 76 bilhões em 2011 -cerca de 20% do mercado publicitário total. Há cinco anos, eram US$ 128 bilhões. Os EUA foram responsáveis por 72% da queda.

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