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Conta de luz vai cair 16,2% para residências

Desconto para indústrias, principal alvo da medida, deve chegar a 28%; objetivo é tornar país mais competitivo

Em pronunciamento, Dilma fala em "novo salto de crescimento" e dá nova alfinetada nos juros dos bancos

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem, em rede nacional de rádio e TV, uma redução de 16,2% na tarifa de energia dos consumidores residenciais e de até 28% para o empresariado.

Segundo Dilma, a medida visa aumentar a competitividade do país e diminuir o custo de produtos nacionais.

A porcentagem de redução da tarifa foi antecipada ontem pela Folha e atende demanda do empresariado, que reclama do maior preço da eletricidade nacional se comparada ao pago pelos concorrentes estrangeiros.

O plano de redução será detalhado em cerimônia no Palácio do Planalto, na próxima terça-feira. A intenção é que a redução seja repassada a empresários e consumidores já em 2013, afirmou Dilma no pronunciamento.

A queda na conta de luz será possível pela retirada de encargos federais que encarecem a eletricidade -como a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) e a RGR (Reserva Global de Reversão)- e pela negociação com as atuais concessionárias de hidrelétricas.

A economia deu o tom do pronunciamento da presidente Dilma, realizado por ocasião da Independência.

Em um discurso de 11 minutos, Dilma citou temas como desemprego no país, redução de juros e crescimento da economia.

A presidente destacou, por exemplo, que o Banco Central reduziu os juros de 12,5% para 7,5% desde agosto de 2011. Em seu pronunciamento no Dia do Trabalho, há quatro meses, Dilma cobrou dos bancos privados a redução mais contundente das taxas de juros.

Na ocasião, ela disse não haver justificativa para os patamares praticados e que o setor financeiro "não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros".

Desta vez, a petista deu um novo puxão de orelha: "Confesso que ainda não estou satisfeita. Porque os bancos, as financeiras e, de forma muito especial, os cartões de crédito podem reduzir ainda mais as taxas cobradas ao consumidor final, diminuindo para níveis civilizados seus ganhos".

Em tom otimista, a presidente afirmou que o Brasil se prepara para um "novo salto" de crescimento.

"Não se surpreendam que esta nova arrancada se dê no mesmo momento em que o mundo se debate em um mar de incertezas. Isso não ocorre por acaso."

Segundo ela, isso se deve ao fato de o país ter adotado um modelo que aliou crescimento e estabilidade, equilíbrio fiscal e distribuição de renda.

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