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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Injeção de dinheiro no mercado externo segura preço das commodities na semana

Os aportes de dinheiro prometidos pelos governos da Europa e dos Estados Unidos fizeram bem para o mercado de commodities nesta semana. Elas acompanharam as Bolsas e fecharam a semana em alta, apesar de os preços atuais já estarem elevados.

"No curto prazo, essas medidas foram boas, mas preocupam no longo", diz Fernando Muraro, da AgRural.

Esse aporte financeiro interfere no mercado porque há vários anos o setor de commodities vive sob a forte influência da financeirização. Ou seja, a grande presença dos fundos de investimentos nas commodities agrícolas, minerais e de energia.

Mas, se essas medidas não conseguirem atingir o objetivo de reanimar a economia e aumentar o emprego, a situação ficará complicada.

Na avaliação de Muraro, 2013 poderá repetir 2008, quando os preços se mantiveram aquecidos no primeiro semestre, mas recuaram acentuadamente no segundo, após o início da crise financeira. A primeira reação do mercado, no entanto, foi com base nas avaliações de curto prazo.

Reflexo disso foi a alta de preço do contrato de milho de dezembro e a estabilidade do de soja para novembro.

O aporte de dinheiro novo no mercado se soma à continuidade da demanda no mercado de commodities. Com os preços elevados, esperava-se uma retração da demanda, o que não ocorreu.

Dados do Departamento de Agricultura dos EUA mostram redução de 0,5% na produtividade do milho e de 2,22% no da soja.

A produção de soja recua para 2.374 quilos por hectare nesta safra, bem distante dos 2.925 da safra 2010/11. A produtividade do milho cai para 7.706 quilos por hectare -9.588 quilos em 2010/11.

Etanol O avanço da safra e a demanda fraca promovem queda de preço do álcool na porta das usinas. O litro do anidro caiu para R$ 1,2115 nesta semana, mostra o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Recuo menor O hidratado caiu para R$ 1,0767 por litro, uma baixa de 0,8%. Já nos Estados Unidos, com o anúncio das medidas de apoio à economia, o preço do combustível subiu.

Aproximação O aperto norte-americano no fornecimento de milho faz os chineses se aproximarem mais dos argentinos. O objetivo é obter uma garantia no abastecimento, já que a demanda chinesa cresce.

CHUMBO

+6,20%

Ontem, em Londres

ESTANHO

+5,36%

Ontem, em Londres

Carnes reagem e têm alta de preço na semana em SP

O preço das carnes começa a se recuperar. Pesquisa diária da Folha no mercado paulista indicou que a carne suína foi a que mais subiu, atingindo valorização de 5% nesta semana.

O preço responde a um aumento das exportações em agosto e nas duas primeiras semanas deste mês.

Apesar da alta, os valores atuais ainda são 18% inferiores aos de há um mês, quando a arroba estava a R$ 64.

O frango, cotado próximo dos R$ 2,40 por quilo de ave viva desde meados de agosto, subiu para R$ 2,50 nesta semana.

O preço da arroba do boi também reagiu e chegou a atingir R$ 98 em algumas regiões do Estado de São Paulo. Na média, os preços estão em R$ 97, com alta de 3,2% nesta semana. Há um ano, a arroba estava em R$ 95.

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