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Bilionários fazem filantropia com prazo de encerramento

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

A nova geração de filantropos não pensa em deixar um legado eterno: quer resultados imediatos e mensuráveis.

Por isso, cada vez mais, instituições beneficentes que levam nome de bilionários têm prazo para acabar depois da morte do fundador.

É assim com as instituições criadas por Warren Buffett e Bill Gates, por exemplo.

"As pessoas querem ver resultados durante a própria vida", diz Julia Chu, chefe da área de filantropia do Credit Suisse, banco que patrocinou a pesquisa "Filantropia da Nova Geração", que acompanha a lista da revista americana "Forbes" com os 150 filantropos mais influentes, a ser divulgada hoje. "Há uma pressão para gastar os recursos de forma mais inteligente e por um prazo menor."

De modo geral, os novos filantropos encaram investimentos sociais com o olhar do mundo dos negócios: 44% esperam retorno dos investimentos sociais em menos de dez anos. E 62,5% usam algum tipo de metodologia para medir o impacto.

No mundo da filantropia, a América Latina se destaca pelo fato de fundações ou instituições serem ligadas a empresas e não a empresários.

"Isso começa a mudar. Há uma pressão para maior participação do indivíduo, mas a preocupação com segurança ainda é um fator muito forte para brasileiros e latinos não quererem revelar quanto ganham", afirma Chu.

A pesquisa mostra ainda que as causas que recebem apoio variam de acordo com a região.

Na América Latina, prevalecem investimentos ligados ao desenvolvimento comunitário. Na Europa, há mais interesse por pesquisa médica, enquanto nos EUA instituições ligadas a igrejas recebem mais recursos.

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