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Análise

Pesquisa mostra avanço da formalização do emprego

CAIO MACHADO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A comparação da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2011 com os dados das demais pesquisas que tratam do mercado de trabalho sugere que a formalização do emprego contribuiu para esse bom resultado.

A evolução do total de ocupados nas seis regiões metropolitanas abarcadas pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME) do IBGE corrobora essa avaliação. A participação dos trabalhadores com carteira assinada no total de ocupados da PME subiu de 51% em 2010 para 53% em 2011.

Outro ponto interessante refere-se à evolução da renda. O salário médio mensal real dos trabalhadores formais subiu 2,4% no ano passado -variação mais fraca que a observada em 2010, quando o rendimento médio cresceu 3,4%.

É preciso lembrar, no entanto, que o reajuste real do salário mínimo foi menor em 2011: 0,1% na média do ano, ante 5,3% em 2010.

A baixa taxa de desemprego e a escassez de mão de obra qualificada têm ampliado o poder de barganha do trabalhador e influenciado positivamente os reajustes.

No tocante à oferta de pessoas aptas ao trabalho, chama a atenção a redução da participação de jovens no estoque de empregados formais. A participação dos trabalhadores de 15 a 24 anos recuou de 18,7% em 2006 para 18,0% no ano passado.

O principal fator por trás desse fenômeno é a saída dos jovens do mercado de trabalho -suspeita também confirmada pelos dados da PME.

Se motivada pela dedicação exclusiva aos estudos, essa notícia poderá se traduzir em maior qualificação da mão de obra e, portanto, em ganhos de produtividade.

CAIO MACHADO é economista da LCA.

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