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Foxconn fecha unidade na China após briga

DE PEQUIM

Uma briga envolvendo mais de mil funcionários obrigou a fabricante Foxconn, fornecedora para empresas como Apple e HP, a fechar temporariamente uma das suas maiores fábricas, em Taiyuan (leste da China).

Os distúrbios começaram às 23h de anteontem num dos dormitórios e deixaram 40 feridos -três deles em estado grave, segundo a Xinhua, agência de notícias estatal.

Para controlar a confusão, que só acabou às 9h de ontem, foi necessária a intervenção de 5.000 policiais, ainda de acordo com a Xinhua, que atribuiu a briga a divergências entre migrantes de duas províncias.

Em um vídeo divulgado na internet sobre o incidente, um policial aparece com megafone se dirigindo aos "trabalhadores [da província] de Henan".

Em nota, a Foxconn, que tem sede em Taiwan, afirmou que a produção e a área industrial não foram danificadas e que os motivos do confronto "ainda estão sob investigação".

A Foxconn se recusou a informar se a fábrica de Taiyuan, que emprega quase 80 mil trabalhadores, está envolvida na produção do recém-lançado iPhone 5.

A Apple disse ontem que vendeu 5 milhões de unidades do iPhone 5 no primeiro final de semana do aparelho nas lojas. Segundo ela, o estoque inicial foi esgotado.

condições

A Foxconn mantém cerca de 1,1 milhão de trabalhadores e tem sido alvo constante de críticas sobre as condições de trabalho extenuantes e os baixos salários.

Em 2010, 14 funcionários cometeram suicídio, levando a empresa a adotar medidas preventivas, a aumentar salários e a tentar melhorar a sua imagem externa.

Apesar das medidas aparentes, a Foxconn foi alvo de novas críticas no início do mês, quando surgiram relatos de estudantes que acusaram seus professores de os forçarem a trabalhar em linhas de montagem para o iPhone 5.

A empresa negou as acusações e afirmou que seus funcionários podem abandonar o trabalho se quiserem.

Recentemente, a Foxconn escolheu Itu (SP) para construir uma megafábrica no Brasil, com uma promessa de R$ 1 bilhão em investimentos.

A fábrica ficará pronta em 2014 e empregará 10 mil pessoas. Ela produzirá componentes para Apple, HP, Dell, Sony Vaio e EMC.

O projeto é bem menor do que o anunciado pelo governo Dilma Rousseff, em abril de 2011. Em Pequim, o então ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que o investimento seria de R$ 24,3 bilhões, empregando 100 mil funcionários.

(FABIANO MAISONNAVE)

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