Fundos de ação de Petrobras e Vale lideram as aplicações em setembro

Os fundos de investimento de privatização que aplicam nas ações da Petrobras e da Vale foram, de longe, as melhores aplicações em setembro, mês de sensível melhora de humor dos mercados com a disposição dos bancos centrais de injetarem dinheiro nas maiores economias.

Esse grupo inclui os fundos que aplicam recursos do FGTS de trabalhadores nas ações, mas também aqueles abertos a qualquer investidor. Os fundos Petrobras renderam 10,22%, enquanto os Fundos Vale subiram 8,86% até o dia 25, a última posição.

O ouro, que ainda é uma aplicação pouco acessível ao pequeno investidor, subiu 4,46% em setembro.

O metal sobe com a busca dos investidores profissionais pelos chamados ativos reais -commodities, ações e imóveis- para se proteger da inflação nos países ricos.

No Brasil, a Bolsa termina o mês com valorização de 3,71% no Ibovespa, principal termômetro dos negócios com ações no país, seguindo as principais Bolsas globais. A Bolsa de Nova York teve alta de 2,65% no índice Dow Jones e a Nasdaq, de 1,61%.

Na renda fixa, a velha poupança rendeu 0,5% líquido, enquanto a nova caderneta teve alta de 0,43% -menos do que a inflação pelo IGP-M, que ficou em 0,97%.

Os fundos de renda fixa renderam 0,71% bruto 0,55% a 0,60% líquido, após descontado o Imposto de Renda. Os fundos DI renderam 0,52% 0,40% a 0,44% líquido.

"A renda fixa está empatando ou perdendo para a inflação, por isso houve essa entrada maior na Bolsa. A situação deve continuar melhorando, mas lentamente", disse Fabio Colombo, administrador de investimentos.

"A maioria das boas notícias já vieram para a Bolsa. Daqui em diante vai depender da atividade econômica", disse Flávio Sznajder, sócio da Bogari Capital.