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Escola São Paulo negocia entrada de novo sócio investidor

DE SÃO PAULO

Praticamente dobrando de tamanho a cada ano desde sua fundação, em 2006, a Escola São Paulo negocia a entrada de um sócio investidor em seu capital.

"Precisamos de investimento para desenvolver novos cursos, capacitar e expandir com qualidade", diz a sócia fundadora Isabella Prata, que não revela o nome do futuro investidor.

Diferentemente da Casa do Saber, com a qual costuma ser comparada, ou da Cultura em Curso, a Escola São Paulo oferece conhecimento prático, com foco em criatividade e empreendedorismo.

São cursos de moda, design, artes visuais, gastronomia, para quem geralmente já tem uma faculdade e quer se especializar ou mudar de vida. Os cursos duram de seis meses a um ano e meio. No ano passado, foram 5.000 inscrições para 294 cursos.

Como parte da estratégia de expansão, a Escola São Paulo, que funciona em duas unidades na rua Augusta, na capital paulista,, também trabalha no momento para desenvolver uma plataforma de cursos on-line.

"Não é só filmar a aula, nosso desafio é desenvolver um modelo de ensino à distância eficiente", diz ela.

Prata conta que no início os cursos eram mais enxutos, mas, com o passar do tempo, a escola foi se especializando e desenvolvendo uma metodologia de ensino para as áreas da economia criativa.

Hoje há inclusive um curso técnico de moda, de 800 horas e certificado pela Secretaria Estadual de Educação. "É um mercado bastante competitivo, tem muitas escolas oferecendo cursos", diz.

O desafio, segundo ela, é "oferecer qualidade para um público muito exigente, com nível cultural de classe AB".

O aumento da procura por esse tipo de curso, na opinião dela, reflete a demanda por profissionais das áreas de economia criativa e a falta de uma formação mais atualizada nas universidades.

"O ensino formal obriga a universidade a seguir uma grade curricular de quatro anos, e ela não consegue acompanhar as mudanças que acontecem no mercado", afirma Prata.

A competição não vem só de outras escolas. Pensar, estudar ou assistir palestras virou uma nova forma de entretenimento, diz. Compete, em tempo e recursos, com a ida ao cinema, ao teatro. "Temos muita demanda também por palestras e atividades gratuitas."

(MARIANA BARBOSA)

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