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Bússola

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Qual fatia mínima do meu salário devo dedicar para investimentos?

P.H.N., de Brasília (DF)

RESPOSTA DO PROFESSOR DA FGV WILLIAM EID - Há muita lenda em torno dessa questão. Números mágicos surgem de toda parte, mas temos que lembrar que cada caso é um caso.

Há uma questão de ciclo de vida associada a esse percentual.

Se você tem filhos pequenos, provavelmente seu percentual será menor. Se você mudou de emprego com um bom aumento salarial, vai poder poupar mais já que seu nível de consumo, pelo menos nos primeiros meses, ainda está associado ao salário menor.

Há um detalhe, contudo, que deve ser pensado: num primeiro momento o investimento vai servir como um colchão de amortecimento para emergências.

Perda de emprego, enfermidades e outras emergências sempre acontecem. Para esses casos, é muito interessante que você tenha o colchão de segurança.

E de quanto ele deve ser? Também depende de cada um, mas um ano de salário é uma boa meta.

Para ter esse ano de salário guardado, vamos pensar num horizonte de cinco anos e uma rentabilidade de 0,5% ao mês.

Aí você vai precisar guardar 20% do seu salário todos os meses. Para fazer essa conta vá na calculadora do cidadão do Banco Central do Brasil, no site da instituição, que vai ajudá-lo muito a definir o quanto você precisa guardar, a partir dos seus objetivos.

Tente poupar o máximo possível, principalmente no início. Claro, sem abdicar dos prazeres da vida. Mas há um fato interessante: quem começa a poupar quer poupar mais.

É muito reconfortante ver que temos uma quantia para emergências, e que essa quantia cresce a cada mês. E quanto mais ela cresce, mais confortável ficamos.

Para poupar mais, é preciso ter organização. Saber de onde vem o seu dinheiro e para onde ele vai é fundamental.

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Eu invisto em

CARLOS STEIN, guitarrista da banda Nenhum de Nós

"Eu gosto de diversificar. Vou do conservador, [em] poupança, imóvel e renda fixa, ao agressivo, [em] Bolsa de Valores."

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INÍCIO

Dizem que para investir é preciso poupar. Quanto preciso ter para pensar em uma aplicação?
B.C., de Marília (SP)

RESPOSTA - O grande segredo do poupador é a disciplina. É ela, mais até do que a boa escolha dos investimentos, que vai permitir que você acumule um bom montante de dinheiro.

E há investimentos para todos os bolsos. Se você ainda não começou, pode pensar ou na tradicional caderneta de poupança, ou em fundos DI ou de renda fixa.

Na caderneta de poupança não há mínimo para começar.

Nos fundos você vai encontrar produtos em que o investimento inicial é de R$ 100, o que é acessível para todos os bolsos.

Conforme você for acumulando mais recursos, pode pensar em mudar de investimento, transferindo para produtos com menor custo e maior rentabilidade.

NEGÓCIO PRÓPRIO

Com a queda dos juros, ficou mais atraente pensar no negócio próprio como alternativa a aplicações?
F.B., de Santos (SP)

RESPOSTA - Vamos pensar em dois ângulos. O primeiro, o negócio próprio como substituto de investimentos. Não acho que negócio próprio seja um bom substituto. São coisas bem distintas.

Para ter seu negócio, você deve ter características bem específicas do empreendedorismo: disciplina e planejamento.

Se você tem essas características, vá em frente.

A questão dos juros baixos vem como segundo ponto: financiamento e custos financeiros.

Com a queda nas taxas, os empréstimos estão mais baratos, o que torna negócios que antes não eram tão interessantes em atraentes, ou aqueles já atraentes, em mais atraentes.

Custos menores implicam em maiores ganhos, ou menores perdas.

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