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Versão brasileira do 'Financial Times' tem início amanhã

Jornal britânico será impresso em gráfica de SP, mas, pelo menos no início, vai reproduzir edição americana

"Lançamento enfatiza nossa fé no futuro das edições impressas", afirma presidente da publicação econômica

NELSON DE SÁ
DE SÃO PAULO

O "Financial Times" lança amanhã às 10h, com o seminário Brasil como Potência Global dos Mercados de Capital, na BM&FBovespa, em São Paulo, a sua edição impressa no Brasil.

O jornal britânico confirma também o lançamento de uma home page e de um aplicativo específicos para a América Latina.

Segundo o presidente-executivo do "FT", John Ridding, "o lançamento da versão impressa com alta tecnologia enfatiza nossa fé no futuro das edições impressas".

Paralelamente, a nova home page e o aplicativo para aparelhos móveis "refletem a crescente demanda tanto de leitores como de anunciantes em todas as plataformas".

Ridding diz que "o crescente número de leitores e de produtos oferecidos na região também confirma a expansão da América Latina como centro principal de negócios globais e finanças".

A partir de amanhã, o jornal passará a ser impresso em São Paulo e distribuído pela manhã para assinantes e bancas da cidade. A edição será distribuída no mesmo dia no Rio de Janeiro e em Brasília. A empresa não divulgou qual será a tiragem do "Financial Times" no país.

De início, deverá reproduzir a edição americana do jornal, uma das cinco existentes hoje -as outras são Reino Unido, Europa continental, Oriente Médio e Ásia.

Por outro lado, já iniciou contatos com o mercado publicitário brasileiro para a venda de anúncios impressos. No lançamento, terá o patrocínio do banco americano BNY Mellon.

A presidente Dilma Rousseff deu entrevista recente ao jornal para ser publicada na edição brasileira.

EXPANSÃO

Os novos investimentos no país, descreve Ridding, são um "novo passo na nossa expansão global".

No Brasil, a expansão começou no ano passado, ampliando a cobertura com mais correspondentes e colaboradores e o lançamento da publicação quinzenal "Brazil Confidential", para assinantes "premium".

No grupo britânico Pearson, que controla o "FT", os investimentos brasileiros começaram ainda antes, com aquisições nas áreas de educação e editorial.

Em 2010, a empresa comprou os sistemas de ensino, mas não as escolas, do grupo COC. No fim do ano passado, adquiriu 45% da editora Companhia das Letras.

A priorização do país pelo grupo começou há cerca de seis anos, em uma visita da presidente mundial da Pearson, Marjorie Scardino. Em seguida, o início da crise financeira global, que afetou mais os países desenvolvidos, levou à decisão de partir para as aquisições.

A Pearson já estava presente no Brasil com o curso de línguas Longman e os selos editoriais Prentice Hall, Addison Wesley e Macron.

CONCORRÊNCIA

Além do "FT", é aguardado para este mês o anúncio de uma home page em português do "New York Times". O "publisher" do jornal norte-americano, Arthur Sulzberger Jr., participa da Assembleia-Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), a partir do próximo dia 12, em São Paulo.

Outras empresas estrangeiras de mídia que têm investido no país são a revista "Newsweek", cuja editora-chefe, Tina Brown, esteve no país no último mês; a "Time Out", que lançou guia de São Paulo em português; a CNN e o "Los Angeles Times", que investiram em correspondentes e escritórios.

Também têm projetos de expansão no país as estatais Al Jazeera, do Qatar, e Xinhua, da China.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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