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Caixa corta taxas e lança fundos para aplicar pela internet

Banco diz que quer popularizar aplicações; é a terceira vez no ano que a instituição diminui custos do produto

Apesar da redução, ainda há casos em que a aplicação na caderneta de poupança é mais vantajosa

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

A Caixa Econômica Federal criou uma família de fundos de investimento com taxa de administração reduzida em relação à concorrência, mas que só podem ser movimentados pela internet, principal canal de comunicação com o público investidor.

São fundos de ações que seguem o Ibovespa, têm aplicação mínima de R$ 500 e taxa de administração de 1,6%, enquanto nos demais bancos varia de 2% a 3%.

Também foram lançados dois fundos de renda fixa: um com taxa de administração de 0,9% para aplicação mínima de R$ 500 e outro com taxa de 0,7% para R$ 10 mil. São taxas que os grandes bancos privados só oferecem para clientes que aplicam mais de R$ 100 mil.

"Queremos popularizar para qualquer cliente ter acesso. Os juros baixos fez o cliente olhar os custos das aplicações", disse Marcos Vasconcelos, diretor de gestão de fundos da Caixa.

Apesar dos esforços, essas taxas de administração não são suficientes para fazer com que os fundos que só aplicam em títulos pós-fixados, que seguem a Selic (hoje em 7,5%), rendam mais do que a poupança em todos os cenários de resgate.

Só os fundos com taxa de 0,7% são sempre vantajosos em relação à poupança, no caso de resgate antes de seis meses, que paga 22,5% de Imposto de Renda. Os fundos com taxa de 0,9% já perdem para a poupança.

A Caixa afirma que esses fundos aplicam em títulos prefixados, que rendem mais do que a Selic e têm mais chance de bater a poupança.

Além dos fundos pela internet, a Caixa também cortou as taxas de administração de sete fundos multimercados e de ações, que tinham taxas que iam de 1,4% a 2,5%; agora, os custos variam de 1,2% a 1,5%. Na concorrência, essas aplicações são as de maior custo, normalmente acima de 2,5%.

É a terceira vez no ano que a Caixa reduziu as taxas dos fundos. Em abril, cortou as taxas dos fundo DI e de ações, e foi seguida pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco.

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