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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Commodity sobe 25% neste ano, mas cai em 2013, diz banco

O preço das commodities deve acumular alta de 25% neste ano, mas cai 9% no próximo. O preço dos grãos vai continuar elevado, enquanto o de metais apresentará alta modesta e o de energia permanecerá inalterado.

Essas são as estimativas dos economistas Giovanna Siniscalchi e Artur Manoel Passos, com base no ICI (Índice de Commodities do Itaú), que acompanha o comportamento dos preços de metais, energia e produtos agrícolas.

Setembro foi caracterizado por uma redução nos agrícolas, após a aceleração em agosto, e por um bom impulso nos metais, devido às medidas de incentivo à economia nos Estados Unidos, na União Europeia e no Japão.

Apesar da queda de preços no setor de grãos no mês passado, os agrícolas devem voltar a subir nas próximas semanas. A demanda continua forte e precisa ser racionada antes da colheita da América do Sul, que depende ainda de uma boa evolução do clima.

Siniscalchi estima a cotação do milho em US$ 9 por bushel no final do ano, enquanto a soja deverá atingir US$ 19 por bushel.

Os economistas do Itaú lembram que agora o "risco clima", tão influente na safra dos EUA, migra para as lavouras da América do Sul, região importante para a recomposição mundial dos estoques.

Por ora, as indicações são de que o mercado vai continuar analisando de perto as previsões de chuva, principalmente na fase de desenvolvimento das plantas.

O açúcar, outro produto importante no cenário nacional, terá oferta maior do que a demanda, fazendo com que os preços fiquem próximos de US$ 0,20 por libra-peso.

Do lado da energia, o barril de petróleo encerra o ano em US$ 112, e sobe para

US$ 116 no final de 2013. A demanda, o dólar fraco e os riscos geopolíticos após as eleições nos EUA vão dar sustentação aos preços.

A recuperação dos preços dos metais, ocorrida em setembro, não deve se sustentar. O impacto das recentes medidas de apoio às principais economias vai ser suave. Com isso, os preços dos metais vão ter apenas ligeiros ganhos, segundo avaliação dos dois economistas do Itaú.

Venda de colheitadeiras aumenta 11% neste ano

O bom cenário para as commodities neste ano, principalmente para soja e milho, continua incentivando as vendas de máquinas e equipamentos agrícolas.

No mês passado, foram vendidas 536 colheitadeiras, 36% mais do que em 2011. Até setembro, a indústria havia repassado 3.629 unidades para as revendedoras, 11% mais do que no ano passado.

As vendas de tratores, cujo cenário não era muito favorável no início do ano, já superam as de 2011. Em setembro, as indústrias repassaram 5.160 unidades para as revendedoras, somando 41,4 mil tratores nos nove primeiros meses deste ano. No mesmo período do ano passado, as vendas haviam somado 40,9 mil unidades, conforme informações do mercado.

Selo californiano O etanol produzido nas cidades paulistas de Pitangueiras e Guaraci, pela Guarani, recebeu registro para ser exportado para a Califórnia, um dos Estados que tem uma legislação ambiental das mais rígidas nos Estados Unidos.

Efeito China O algodão continua caindo no mercado internacional, mas conseguiu um pequeno aumento na China, devido à política de compra do governo.

Suporte Na safra 2011/12, os chineses conseguiram dar suporte aos preços devido às compras internas e externas para a formação de estoques. O suporte interno deverá continuar em 2012/13, mas as importações chinesas poderão recuar.

Oferta O Icac (comitê internacional do algodão) prevê uma produção mundial de 25,5 milhões de toneladas na safra 2012/13. O consumo será de 23,6 milhões de toneladas.

Importações Mesmo pisando no freio, os chineses continuarão sendo os principais importadores mundiais.

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