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MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Setor químico para fábrica devido a preço do gás

Prejudicada pelos altos preços praticados no Brasil para o uso do gás natural como matéria prima, a indústria química começou nesta semana a interromper a atividade de algumas fábricas, segundo a Abiquim, entidade que reúne o setor.

A associação não divulga nomes de empresas que paralisaram as atividades.

A Abiquim chegou a encaminhar para a Petrobras, nos últimos dias, um pedido para que sejam feitos leilões específicos para os casos em que o gás negociado vai ser usado como matéria prima.

"Isso seria apenas um paliativo, para resolver a questão mais crítica no curto prazo, enquanto o governo termina estudos e elabora uma política para o gás usado como matéria prima", diz Fernando Figueiredo, presidente da entidade.

O leilão realizado na última semana não chegou a ser atraente para distribuidoras que atuam no setor, de acordo com a entidade.

Empresas químicas da Bahia e do Rio de Janeiro foram as maiores prejudicadas.

"A situação é mais crítica entre as que atuam com o metanol. Algumas mudanças recentes de regras nos leilões aumentaram o problema", diz Fátima Giovanna Coviello, da Abiquim.

A GPC Química, uma das companhias que tem sofrido a pressão dos preços, estuda reduzir a produção de sua planta no Rio de Janeiro.

"O país precisa de uma política setorial. O gás tem diferentes usos. Alguns têm substitutos, outros não. Cada uso deveria ser tratado de modo diferente", afirma Wanderlei Passarella, presidente da GPC Química.

Procurada, a Petrobras não se manifestou.

PARCERIA PÓS-QUARENTENA

O escritório de direito Sampaio Ferraz faz mais uma parceria com um ex-membro do Cade.

Depois do ex-conselheiro da autarquia Paulo Furquim de Azevedo, que se associou em 2010, é a vez de Fernando Furlan, que encerra neste mês sua quarentena do órgão público.

Ao deixar a presidência do Cade em janeiro, depois de cerca de seis anos, Furlan dedicou-se a um pós-doutorado na China, na área do direito internacional.

"Há uma convergência [nas atividades do escritório] para a concorrência, seja na defesa comercial, seja no direito concorrencial e antitruste", diz Tercio Sampaio Ferraz Júnior.

Furlan, que chefiou o departamento de defesa comercial do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), atuará nas duas áreas.

"O comércio internacional é crucial, não apenas para o Brasil, e há desafios renovados na área de defesa comercial", afirma Furlan.

"A parceria vem em boa hora. Antes da nova lei do Cade [que entrou em vigor em maio deste ano], no caso de fusão de multinacional, o Brasil era um pequeno problema. Agora estamos no mesmo patamar", acrescenta Ferraz.

VIDA E PREVIDÊNCIA

O faturamento do setor de vida e previdência apresentou crescimento no primeiro semestre de 2012 ante o mesmo período do ano passado.

A alta na arrecadação da área de previdência foi de 33%, de acordo com a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).

O setor de seguro de pessoas, que inclui os seguros de vida, subiu 13,77%. O VGBL foi o produto com maior expansão (38,24%).

Os Estados da região Sudeste foram responsáveis por 70,9% do faturamento da Bradesco Vida e Previdência, que cresceu 22,9%.

A região Nordeste passou de 8,5%, em 2011, para 9,7%. A empresa teve a maior arrecadação em previdência, seguida pela Brasilprev, segundo a Fenaprevi.

CONFIANÇA AMERICANA

A confiança do consumidor americano caiu dois pontos neste mês, na comparação com o início de setembro, segundo índice da Ipsos.

O indicador, que varia de zero a cem, ficou em 48,4. Apesar da queda, o valor foi o segundo mais alto do ano.

A redução na confiança não reflete, de acordo com a consultoria, pessimismo, mas uma incerteza por causa das eleições.

Considerando o histórico do índice, 2012 é o ano em que o americano está mais otimista desde o início da crise.

NÚMEROS

48,4 pontos registrou o índice de confiança dos EUA neste mês

50,4 foram registrados em setembro

42% dos entrevistados afirmaram que estão menos confortáveis para realizar grandes aquisições do que estavam seis meses atrás

NA GÔNDOLA

O plano de expansão da Assaí, rede de atacado de autosserviço do Grupo Pão de Açúcar, prevê 14 novas lojas até junho de 2013.

Quatro delas serão localizadas em Estados brasileiros onde a rede ainda não tem presença, entre eles Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.

As novas unidades do Assaí terão o dobro da área de vendas, cerca de 5.600 metros quadrados, maior área de estocagem e reformulação no mix de produtos.

Com investimento de R$ 20 milhões, a rede também abre hoje a primeira unidade na capital paraibana.

14 novas lojas devem ser abertas pelo grupo até o mês de junho de 2013

R$ 20 milhões foram investidos na primeira unidade de João Pessoa

Dia da... A Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) espera alta nas vendas na semana do Dia da Criança.

...Criança O período de maior produção ocorre entre o quarto e o quinto bimestre do ano e abrange principalmente o mês de outubro, com crescimento médio de 6% ao ano.

Turismo... O Brasil é responsável por apenas de 0,55% das chegadas de turistas no mundo, mas esse número pode dobrar com investimentos no setor, segundo o pesquisador Wilson Rabahy.

...em estudo Os dados fazem parte de um levantamento do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo) que mapeia a situação do Brasil no turismo mundial. A pesquisa será apresentada hoje em São Paulo.

com JOANA CUNHA, LUCIANA DYNIEWICZ e LARA STAHLBERG

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