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Gasto com anúncio na web triplica nos EUA

Mercado girou mais de US$ 30 bi em 2011; em 2000, menos de US$ 10 bi

Tela pequena de celulares e tablets e setor de aplicativos são desafios para mais expansão, diz estudo

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Os anúncios em mídias digitais movimentaram nos EUA cerca de US$ 30 bilhões em 2011, mais que o triplo da quantia do ano 2000, que não chegou a US$ 10 bilhões.

Os dados são do BI Intelligence, serviço de pesquisa do site americano Business Insider. Ainda segundo o estudo, o valor gasto com publicidade on-line no ano passado nos EUA correspondeu a cerca de 20% do total do mercado americano de anúncios.

O levantamento destaca que a venda mundial de smartphones ultrapassou a de computadores pessoais em 2011 e afirma que essa tendência a favor dos dispositivos móveis deve ser intensificada até 2016.

Além disso, de acordo com a pesquisa, esses equipamentos eram responsáveis por 12% do tráfego global na internet em agosto de 2012. Três anos antes, correspondiam a apenas 1%.

O BI aponta, porém, que, embora o acesso à web por meio de celulares e tablets venha crescendo de maneira expressiva, a receita publicitária gerada nesse segmento ainda é pequena.

Nos EUA, hoje, os dispositivos móveis representam 1% dos gastos com anúncios, enquanto a mídia impressa corresponde a 25% e a TV, 42%.

Por outro lado, o estudo revela que os consumidores passam, em média, 10% do seu tempo dedicado ao uso de mídias em dispositivos móveis, 7% em veículos impressos e 43% em televisão.

Uma razão para a discrepância entre o gasto com anúncio em mídias móveis e o tempo dedicado a elas pelo consumidor, diz a consultoria, é que as telas de celulares e tablets são pequenas.

Além disso, afirma o estudo, a maior parte dos aplicativos para esses equipamentos, cada vez mais procurados pelos usuários, é oferecida gratuitamente.

Em 2011, 89% dos downloads desses programas na loja virtual da Apple foram feitos sem custo.

CAMINHOS

Na avaliação de Mauricio Salvador, sócio-diretor da consultoria GS&Virtual, que atua na América Latina, o propósito dos aplicativos não é gerar receita, mas melhorar a relação das empresas -como bancos e lojas virtuais- com o consumidor final.

"Os aplicativos devem ser encarados como uma espécie de investimento", afirma.

Ainda de acordo com Salvador, para atrair mais publicidade, os sites, portais e redes sociais devem mapear melhor o impacto que o anúncio digital traz aos clientes e informar isso às empresas.

"Seria falar sobre o que acontece depois do clique."

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