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Setores de saúde e educação atraem interesse externo

Pulverização dos mercados e demanda crescente estimulam compras como a da Amil por americana

Para especialistas companhias regionais deverão estar na mira de aquisições nos próximos dois anos

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

A aquisição da Amil pela americana UnitedHealth, anteontem, mostra que o setor de saúde, ao lado do de educação, está hoje entre os mais cobiçados do país para investimentos de empresas e fundos estrangeiros.

O aumento do emprego e da renda dos brasileiros, o que impulsiona a demanda por ensino e atendimento médico privados, e a fragmentação desses segmentos, com milhares de empresas concorrentes, são apontados por analistas como favoráveis a fusões e aquisições.

Apenas no nicho de planos de saúde, competem hoje cerca de 1.600 companhias. E no de educação superior privada, eram 2.100 instituições em 2010 (dado oficial mais recente disponível).

No ramo de saúde complementar, a compra da Amil por quase R$ 10 bilhões é só o início da consolidação de empresas de convênios médico-hospitalares e odontológicos.

Para especialistas consultados pela Folha, companhias regionais, principalmente do Norte e do Nordeste, deverão estar na mira de aquisições, tanto por estrangeiros quanto por locais, nos próximos dois anos.

Grupos regionais também são o foco dos estrangeiros no ensino superior privado.

Em julho, a americana Laureate International Universities, que tem 675 mil alunos em 28 países, comprou o Cedepe, uma das principais escolas de MBAs do Nordeste, por valor não divulgado.

Foi a décima primeira instituição brasileira adquirida pela Laureate, que já atende 126 mil estudantes no país. A primeira a ser comprada pela rede dos EUA foi a Anhembi Morumbi, em 2005, por US$ 69 milhões.

"O governo brasileiro tem iniciativas importantes para aumentar a inclusão no ensino superior, como o Prouni, o que favorece os investimentos", diz José Roberto Loureiro, vice-presidente de operações da Laureate Brasil.

"Além disso, a mobilidade social no país é grande e a participação de jovens na universidade ainda é considerada baixa."

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