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Com exportações em queda, Brasil se ancora nas vendas para os EUA

Com embarques em alta, deficit com norte-americanos recua 48%

PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Enquanto as vendas de produtos do Brasil para o mundo estão em queda de 4,9% neste ano, as exportações para os EUA cresceram 10,9% entre janeiro e setembro de 2012 em relação ao mesmo período em 2011, segundo cálculos do Observatório Brasil-Estados Unidos, da Confederação Nacional da Indústria, divulgados ontem.

"Os Estados Unidos são o segundo maior destino de produtos brasileiros, atrás apenas da China; mas são muito importantes do ponto de vista qualitativo, porque 90% dos produtos importados pela China são básicos, enquanto 48% dos produtos importados pelos EUA são manufaturados", disse ontem Tatiana Prazeres secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, durante plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu).

Já as importações dos EUA para o país recuaram 3,9%. Com isso, o deficit comercial Brasil-EUA nos primeiros nove meses do ano encolheu 48,4% -saiu de US$ 6,2 bilhões de janeiro a setembro de 2011 para US$ 3,2 bilhões.

"Precisamos estimular as exportações para os EUA promovendo investimentos americanos aqui. Hoje, 40% do comércio é intrafirmas", disse Welber Barral, presidente da Coalizão de Indústrias Brasileiras, o lobby das indústrias do Brasil nos EUA.

Gabriel Rico, presidente da Câmara Americana de Comércio no Brasil, lembrou que os EUA investiram US$ 10 bilhões no Brasil em 2011, o dobro de anos anteriores.

"A expansão do consumo é um atrativo, mas há problemas como as taxas de retorno nas licitações aprovadas pelo governo, bastante baixas."

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