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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Brasileira que levar plantio direto à Europa

Uma empresa brasileira quer consolidar o plantio direto na Europa, ainda incipiente. Há dez anos tentando promover esse tipo de plantio no continente europeu, uma prática já adotada no Brasil desde a década de 1970, a Semeato S.A., uma industria 100% brasileira, diz que agora terá as condições para efetuar esse objetivo.

Líder na produção de semeadoras para plantio direto no Brasil, a empresa se une à New Holland para fornecer esses equipamentos à multinacional italiana.

Carolina Rossato, diretora comercial da Semeato, diz que, além da consolidação no mercado brasileiro, a empresa quer ampliar participação na Europa e na África.

Na avaliação dela, as indústrias têm de oferecer cada vez mais um pacote tecnológico eficiente para os produtores. Daí a união entre a Semeato e a NH, o que poderá oferecer mais tecnologia para o desenvolvimento desse sistema fora do país.

Carlos d'Arce, diretor de marketing da NH na América Latina, diz que as empresas têm de responder a todas as demandas. Como a NH não tem plantadeira e não vai desenvolver esse equipamento, buscou a Semeato.

Para Rossato, é preciso começar passo a passo e a maior barreira na Europa é a tradição de pai para filho no plantio convencional.

Ela afirma que a opção por esse plantio será inevitável devido à necessidade de uma produção maior de alimentos com conceitos de preservação e de melhor qualidade dos produtos.

Ela está ciente de que essa mudança passa por várias barreiras, mas que pesquisas, vindas do setor e de universidades, vão auxiliar.

Para d'Arce, essa parceria será importante para a busca de mercados na Europa e na África, mas cada região tem o seu ritmo distinto. Na Europa, o sistema tradicional de plantio, que remove a terra a cada safra, serve para esquentar o solo, após o inverno intenso da região.

Já as lavouras africanas têm características semelhantes às brasileiras, o que favorece mais o plantio direto, segundo d'Arce.

Esse sistema reduz a erosão da terra, conserva o solo mais úmido e reduz custos de produção.

Biocombustíveis A luta dos europeus contra o uso de apenas 5% de grãos na produção do combustível continua. Agora, o argumento é que a produção europeia inibiria o desmatamento em outros países (leia-se Brasil).

Terras Além disso, a União Europeia tem 2% de terras aráveis que não estão sendo cultivadas desde 2006. Na avaliação dos produtores, apenas 3% das terras da região são utilizadas para a produção de biocombustível.

Vinhos A maior distribuidora dos Estados Unidos anunciou que importará vinhos e espumantes de seis vinícolas brasileiras.

NÍQUEL
-1,02%
Ontem, em Londres

PRATA
+0,66%
Ontem, em Nova York

Soja perde ritmo e tem forte queda no mercado interno

Os preços da soja caíram 2,4% no mercado interno ontem, conforme pesquisa da Folha. Na avaliação de Aedson Pereira, analista de grãos da Informa Economics/FNP, essa queda ocorre devido à conjugação de vários fatores.

Algumas das indústrias nacionais já antecipam o período de parada para manutenção de máquinas, uma operação tradicional nos finais de ano.

Já os exportadores, após fecharem a cota de seus contratos de exportação, reduziram a presença no mercado. Além disso, o mercado externo, focado no Brasil até pouco tempo atrás devido às incertezas da safra norte-americana, agora olha para os EUA. A colheita norte-americana já supera 70% da área semeada.

A tendência é uma aproximação dos preços "spot" com os futuros, diz Pereira.

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