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Soja melhora perspectivas para a economia argentina em 2013

Preços sobem 20% e devem reforçar entrada de dólares no país

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

Depois de um 2012 em que entrou tecnicamente em recessão e de alta dos índices de inflação, a Argentina comemora uma boa expectativa para 2013.

A razão do otimismo de muitos economistas é a soja, cujo preço internacional aumentou mais de 20% nos últimos meses, em razão de forte seca nos EUA.

A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farinha de soja e o terceiro maior fornecedor do grão.

Apesar de ter atravessado também uma seca, o país se recuperou e projeta um aumento de 14% nas exportações em 2013.

"Vamos viver a ressaca da seca com muito bom prognóstico, que vale também para o trigo, o milho e a cevada", diz Marina Dal Poggeto, do estúdio Bein.

A Argentina não produzia soja em grande volume para a exportação até os anos 1990. Na década seguinte, a atividade cresceu tanto que acabou sendo responsável pelo reerguimento do país depois da crise de 2001.

"A exportação para a Ásia e a alta das commodities em geral fortaleceram muito o governo", diz Dal Poggeto.

Agora, o kirchnerismo, desgastado por uma insatisfação interna por conta da inflação e das restrições à compra de dólares, volta a se apoiar na soja.

"Só não ocorreu uma crise cambial neste ano por causa da soja. O governo conta com seu bom desempenho para manter a entrada de dólares e estimular o consumo em 2013", diz Milagros Gismondi, da Orlando Ferreres.

Segundo a consultoria, a soja deve gerar um aumento da oferta de dólares para a Argentina de US$ 10 bilhões no ano que vem.

Por outro lado, a dependência da economia de praticamente um só produto preocupa. Em 2012, a soja foi responsável por 25% das exportações argentinas. Em segundo lugar vem a indústria automotora, com 12%.

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