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Salão vira exibição de conteúdo nacional Grandes montadoras mostram em feira em São Paulo projetos feitos no país e prometem trazer centros de pesquisas
Novo regime automotivo obriga setor a realizar investimento mínimo em pesquisa, inovação DE SÃO PAULO O novo regime automotivo e as perspectivas de crescimento do mercado de veículos no país transformaram o Salão do Automóvel de São Paulo deste ano em uma exibição de fábricas. Nos estandes e nas apresentações da mostra, a produção nacional e o envolvimento dos times de engenharia e design locais em projetos mundiais são qualidades repetidas à exaustão. A publicidade dada às qualidades são sinais de que as marcas não só entenderam a relevância do quarto maior mercado mundial -chefes globais de GM e Volks vieram, neste ano, à feira pela primeira vez- como sabem da necessidade de ampliar investimentos. "Nós queremos ser uma empresa brasileira", afirma o diretor-geral da Nissan, François Dossa. O grupo apresentou ontem o conceito Extreme, desenvolvido pela equipe de design do país pela primeira vez na história do grupo. O modelo não tem previsão para estrear no mercado, mas a marca fala em produzir na fábrica de Resende (RJ), ainda em obras e com previsão de entrega para 2014. "Desenvolvido pelo centro de engenharia do Brasil", exaltou a presidente da GM do Brasil, Grace Lieblein, ao exibir o Onix, nova aposta da marca, que espera alcançar um volume de 15 mil unidades por mês no país. Os projetos de fábricas estão estampados nos estandes de JAC, Nissan, Hyundai e Chery. Além dessas, a BMW confirmou fábrica, e a Land Rover pode fazer o mesmo. CENTROS DE PESQUISA A prova mais forte da nova fase não está só nas fábricas. Quatro empresas estudam trazer centros de pesquisa. A Nissan trabalha em um projeto para Resende, mas ainda não bateu o martelo. Na mesma condição está a sul-coreana Hyundai, que conversa com a matriz. As chinesas JAC e Chery confirmaram o centro de pesquisa para o país. A ideia é ganhar competitividade em um mercado cada vez mais concorrido e atender as exigências de investimento em pesquisa, inovação e engenharia, previstas no novo regime automotivo. Marcas já consolidadas também sinalizam a necessidade de adequar planos para fazer frente à nova política setorial, com maior foco para pesquisa e tecnologia. Segundo o presidente da Volks, Thomas Schmall, o regime vai obrigar uma reavaliação de algumas atividade e um foco maior em tecnologia. Para o vice-presidente da Ford, Rogério Golfarb, as empresas terão de investir mais. Cálculos da Anfavea sugerem que as montadoras devem investir R$ 13,8 bilhões em inovação para atender as novas metas do regime. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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