iPad mini chega mais caro que os rivais

Menos que duas polegadas. É essa a diferença de tamanho (na diagonal) do iPad mini para o tablet original da Apple, que apresentou seu novo produto na manhã de ontem, num teatro pomposo de San Jose, na Califórnia.

Mais fino que um lápis, o iPad mini tem câmera frontal e traseira, bateria de dez horas e 7,9 polegadas, ante 9,7 do original.

A tela, no entanto, tem a definição das duas primeiras gerações do iPad (1.024 x 768 pixels), e não a Retina, de 2.048 x 1.536 pixels, que equipa a terceira geração.

É um pouco maior que seus rivais, como Google Nexus 7 e Kindle Fire, cujas telas têm sete polegadas, além de ser mais caro.

O produto será vendido em seis versões a partir de 2 de novembro, com preços entre US$ 329 e US$ 659 (cerca de R$ 660 e R$ 1.320).

O mais barato terá Wi-Fi e 16 GB de capacidade, enquanto o mais caro terá Wi-Fi, 4G e 64 GB de capacidade.

O aparelho com Wi-Fi entra na pré-venda nos EUA e em outros países a partir do dia 26 -não há estimativa para o Brasil.

QUARTO IPAD

A Apple também lançou um iPad mais potente, de quarta geração, com processador duas vezes mais rápido e mesmo preço que o modelo anterior (US$ 499 com Wi-Fi e US$ 629 com Wi-Fi e 4G).

"A gente não diz ao consumidor como escolher. Eles podem decidir se querem a máxima performance da quarta geração de iPads, com tela Retina, ou se querem algo mais fino, mais leve, mais portátil, como o iPad mini, que opera os mesmos softwares", disse à Folha o vice-presidente de marketing da Apple, Phil Schiller, após a apresentação.

Schiller e Tim Cook, o presidente-executivo, lideraram o anúncio dos lançamentos. "Vendemos mais iPads no trimestre de junho do que qualquer linha de computador", disse Cook, acrescentando que 91% do uso de internet em tablet vem de iPads.

Após o fim do evento, as ações da empresa caíam mais de 3% e eram negociadas a US$ 613,39. Segundo analistas, o motivo era o preço do iPad mini, que ficou acima do esperado. A média dos rivais é US$ 200.