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Audi estuda abrir fábrica no país, mas diz que é preciso estabilidade

Vice-presidente da montadora afirma que pontos da nova legislação estão sendo avaliados

Para o executivo, mudanças repentinas nas leis inviabilizam planejamento de médio e longo prazos

Simon plestenjak/Folhapress
Novo modelo do Audi A3, que está em exposição no 27º Salão do Automóvel de São Paulo
Novo modelo do Audi A3, que está em exposição no 27º Salão do Automóvel de São Paulo

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Há dois anos e meio no grupo Volkswagen, o italiano Luca De Meo assumiu no início do mês passado o cargo de vice-presidente mundial de marketing e vendas de uma das principais marcas do conglomerado alemão, a Audi.

Antes, o executivo trabalhou na Fiat e atuou em diferentes países da Europa, da Ásia e da América Latina. De Meo está no Brasil para o Salão de São Paulo e conversou com a Folha sobre os planos da Audi no país.

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Novo regime automotivo

É fundamental que o mercado tenha estabilidade. Para fazer investimentos, é preciso pensar a médio e longo prazos. Mudanças repentinas nas condições da economia e na legislação inviabilizam esse planejamento. Vejo com bons olhos o pacote de medidas, mas é necessário que isso perdure para o mercado se tornar atrativo e seguro para novos investimentos.

De qualquer forma, a Audi é uma marca do grupo Volkswagen, que atua há muito tempo no país e, por isso, aprendeu a trabalhar aqui. Saberemos de que forma agir.

Fábrica no Brasil

Tradicionalmente produzimos mais na Alemanha, mas a Audi trabalha com o objetivo de se tornar cada vez mais global. No momento, estamos mais focados nos três últimos grandes investimentos que anunciamos: a abertura de nossa terceira fábrica na China, uma nova fábrica no México e a produção de carros na Hungria, onde antes eram feitos apenas motores.

Voltar a produzir no Brasil, claro, é opção no futuro. Há um estudo, ainda muito inicial, e precisamos ver todos os pontos da nova legislação.

Crise na Europa

A Audi tem obtido excelentes resultados. É uma marca muito lucrativa e sólida. A situação na Europa é delicada. Mercados como Espanha e Portugal vão muito mal, mas continuamos vendendo bem na Itália, na Alemanha e também nos EUA.

E, como outros fabricantes, intensificamos nossa atuação em mercados que crescem como a China, onde somos líderes de venda em nosso segmento de atuação, e a Rússia. Esse processo inclui o Brasil, que deve se estabelecer como quinto maior mercado no acumulado deste ano.

Novos produtos

Vamos continuar trabalhando para fixar a imagem da Audi como uma marca "premium", caracterizada pela excelência no design, conforto e desempenho de nossos carros.

No Salão de São Paulo, estamos mostrando o novo A3 e o S8, versão esportiva do sedã A8. A fábrica do México produzirá o Q5, que atenderá a diferentes países. E, como esse é um modelo que vende bem no Brasil, é possível que passe a ser importado de lá, mas isso não está definido.

Produzir um SUV compacto, como o conceito Q2 Crosslane [exibido em setembro em Paris], é uma das ideias que temos. Mas o objetivo principal do protótipo é mostrar o futuro do design da marca.

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