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Estrangeiro compra menos ação em setembro; investimento cai

Remessas de lucros e dividendos também foram reduzidas

DE BRASÍLIA

Com a crise e o encarecimento do dólar, as remessas de lucros e dividendos de multinacionais para outros países já acumulam no ano uma queda de 44,5% em relação ao registrado entre janeiro e setembro de 2011.

Nos primeiros nove meses de 2012, essas empresas enviaram US$ 15,3 bilhões a outros países. Em setembro apenas, o valor foi de US$ 1,1 bilhão, menor nível para setembro desde 2006.

Em parte, o resultado é explicado pelo câmbio: com a desvalorização do real neste ano, o mesmo resultado apurado por uma empresa no Brasil, em reais, vale uma quantia menor em dólares do que no ano passado.

A economia fraca também tem contribuído para achatar os ganhos e refrear as remessas.

Esse cenário também se reflete na forte queda de investimentos estrangeiros em ações negociadas no Brasil. Após uma entrada de US$ 1,3 bilhão em agosto, no mês passado o saldo ficou negativo em US$ 1,2 bilhão.

Isso ocorreu devido à saída de recursos, que totalizou US$ 11,5 bilhões, para uma entrada de US$ 10,3 bilhões.

"Outubro já reverteu boa parte dessa queda, com um saldo positivo de R$ 919 milhões até o dia 19", ponderou Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC

No mês passado, as transações correntes, que computam algumas das principais trocas do país com o exterior, foram deficitárias em US$ 2,6 bilhões, alta de 16% sobre o mesmo mês de 2011. O saldo comercial piorou: exportações superaram as importações em US$ 2,5 bilhões, 17% menos que no ano anterior.

DEFICIT COBERTO

Como vem ocorrendo ao longo do ano todo, o deficit continuou sendo coberto com folga pelos investimentos produtivos estrangeiros.

Em setembro, o IED foi de US$ 4,3 bilhões. Na relação com o mesmo mês do ano passado, houve queda de 30,3%.

(MAELI PRADO)

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